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Ficha da prisão de Sônia Hadad Hernandes, divulgada pela polícia de Palm Beach, nos EUA | Divulgação/Polícia de Plam Beach
Ficha da prisão de Sônia Hadad Hernandes, divulgada pela polícia de Palm Beach, nos EUA| Foto: Divulgação/Polícia de Plam Beach

O deputado Nélson Justus (PFL) vive seus primeiros dias como presidente da Assembléia Legislativa (AL), curtindo o sabor de ser um dos homens mais poderosos do Paraná. Na sexta-feira, por exemplo, geralmente um dia morto no Legislativo estadual, havia fila de parlamentares que queriam cumprimentá-los. Todos dando boas-vindas ao novo comandante.

"Lord", como é conhecido Justus entre os deputados, mostrou estar disposto a levar com firmeza o apelido dado pelo ex-presidente da Casa Aníbal Khury, a quem o pefelista substituiu na presidência da AL em 1999. Segundo o novo presidente, ele vai dar transparência à Assembléia, embora considere que há uma pressão exagerada nesse sentido. "O político tem de falar a verdade, e a AL não tem por que esconder nada", disse Justus.

O senhor considera que falta transparência na Assembléia? Colocar informações na internet basta?

Quanto à internet, ela é um instrumento vital e vamos ter de aperfeiçoar esse mecanismo. O que não podemos é ficar à margem. A AL tem de entrar na era da comunicação. E se fala muito em transparência, o que é um exagero. Os políticos têm de falar a verdade sempre. Já me perguntaram se tenho projeto para isso. Digo que não. A Mesa Executiva tem o papel de sempre fazer a transparência, que existe.

Existe? E o número de funcionários que não é sabido ao certo?

Estatutários, há menos de 500. Algo em torno de 480.

E quanto aos comissionados? Os funcionários "fantasmas" ainda existem?

Quanto aos comissionados, há uma média de dez por gabinete. Cada deputado tem seus funcionários. E em relação ao "fantasmas", não há mais.

O senhor disse que ainda neste semestre saem do papel a TV Assembléia e a Escola do Legislativo. O que é essa escola?

São projetos que vão ser postos em prática sim. Quanto à TV AL, vou resolver sentado à mesa, conversando com todos, principalmente com o Tribunal de Justiça, já que há uma liminar suspendendo o julgamento do mérito relativo à licitação. Há uma empresa, que perdeu a concorrência, que entrou na Justiça. A Escola do Legislativo está pronta e o mérito é da legislação anterior. Ela servirá para orientar e criar integrantes que venham a ter melhores condições de gerir a Assembléia. Será voltada para todos os funcionários da Casa.

Por que a maioria das mensagens e projetos votados na Assembléia Legislativa é de autoria do Executivo e não do Legislativo?

Não é bem assim. As leis têm de ter eficácia e temos de entender que elas são mutantes. O que ocorre é que o Executivo tem os mecanismos para agir e saber o que está sendo preciso no estado como um todo. Se a lei é boa para a população, não importa a autoria. Não se mede a capacidade de um deputado pelo número de projetos apresentados por ele.

A oposição do governador Roberto Requião (PMDB) teve apenas cinco deputados na última legislatura. Para esta, promete aumentar esse número. O senhor acredita que haverá mais oposição?

Primeiro, acho fundamental haver oposição. E os deputados que a fizeram nos últimos anos tiveram muita qualidade. Acredito que crescerá sim. Mas a base do governo é muito forte, não creio que o governador terá dificuldades em aprovar os projetos governamentais.

O senhor falou ainda em interiorização da AL, com sessões no interior. Isso vai funcionar?

Acredito. Os deputados são do Paraná, não de um só região. Dependendo da pauta, do projeto, eles vão às regiões. Lá, poderão interagir com a população e mostrar os pontos de vista.

O senhor, mesmo sendo do PFL, apoiou Roberto Requião nas eleições e teve o apoio dele na eleição para presidente da Casa. E têm opiniões divergentes das deles em assunto como o pedágio. Isso não lhe traz problemas?

Não. Sempre tive meus posicionamentos, que sempre foram públicos. E não tive o apoio do Requião na eleição da Mesa. Ele disse que não interferiria porque, desde que foi deputado, não gostava da interferência do governo nas eleições do Legislativo. O governador não se partidarizou nesse caso. E quanto ao pedágio, considero que o pedágio veio para ser solução para a situação das estradas. E não um problema, que foi o se tornou devido ao valor alto das tarifas. Acho que se não se resolve judicialmente, deveria haver conversas administrativas entre as partes. Sou a favor do pedágio com tarifas menores.

Nélson Justus, presidente da Assembléia.

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