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Ao comentar o resultado da pesquisa CNI/Ibope mostrando a candidata do PT, Dilma Rousseff, cinco pontos porcentuais à frente do tucano José Serra, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), considerou a ultrapassagem uma "oscilação natural" dos números. "Nessa fase, as pesquisas não me deixam seguro, como quando Serra estava na frente, nem me deixam inseguro, agora que a vantagem sorri para a adversária", afirmou. O levantamento mostrou a petista com 40% das intenções de voto: pela primeira vez, ela ultrapassou Serra, que aparece com 35%.

Virgílio lembrou que esses números não são definitivos e, ainda assim, não favorecem Dilma, em sua opinião. Ele observou que, apesar de toda a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as intenções de voto em Dilma não chegam a 60% do índice de ótimo e bom de aprovação do governo. Por fim, ele afirmou que a campanha vai começar, de verdade, com o horário eleitoral no rádio e na televisão (em agosto) e os debates. Ele também critica a estratégia de evitar os confrontos: "Uma candidata que quer governar o País, mas foge de debates, evita o diálogo, é um alerta para o eleitor".

Ex-presidente do PSDB, o senador Eduardo Azeredo (MG) atribuiu o desempenho de Dilma na pesquisa, exclusivamente, à influência de Lula. Por isso, na mesma linha de Virgílio, ele aposta no início da campanha no horário eleitoral para reverter esse quadro. "Lula é bem avaliado, mas não é candidato. No horário eleitoral, vamos mostrar que o candidato é Serra e tem muito mais preparo para governar o Brasil", apostou o tucano. Ele avaliou, ainda, que o País amadureceu e superou a fase do "discurso da esperança", de procurar um "salvador da pátria". "Não é só porque ela tem o apoio do Lula que será eleita presidente", afirmou.

Já o líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), comemorou os resultados da pesquisa. Ele observou que Dilma já superou a média de 25% a 30% das intenções de votos que os analistas, tradicionalmente, atribuem como porcentual máximo de votos no PT. Mas Jucá ressalvou que é cedo para falar em vitória: "Será uma eleição dura", advertiu. Assim como os tucanos, ele acha que a campanha só começa de verdade quando entrar no ar o horário eleitoral gratuito. "A campanha vai acontecer mesmo, na televisão, quando os programas mostrarem os números do avanço do Brasil. E quando o presidente Lula pedir votos para Dilma", afirmou Jucá.

O comando da campanha de Serra esperava que o tucano retomasse a dianteira das pesquisas após os programas do DEM, PSDB e PTB que ele protagonizou nas últimas semanas, exibidos em cadeia de rádio e TV, além das inserções de 30 segundos nos intervalos da programação.

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