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A delegada Erika Mialik Marena é a única paranaense na lista da ADPF | Youtube/Reprodução
A delegada Erika Mialik Marena é a única paranaense na lista da ADPF| Foto: Youtube/Reprodução

A delegada da Polícia Federal (PF) Erika Mialik Marena está entre os dez delegados que disputam uma vaga na lista tríplice organizada pela Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) para indicação do próximo delegado-geral da PF. A lista deve ser entregue ao presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e ao ministro da Justiça Alexandre de Moraes ainda nesta semana, na quarta-feira (1). O objetivo, de acordo com a ADPF, é garantir a autonomia da Polícia Federal e não permitir que a corporação sofra com pressões políticas, além de proteger a operação Lava Jato.

A delegada paranaense atua desde 2014 na Lava Jato, quando a operação foi deflagrada. Erika também foi coordenadora da força-tarefa CC5, que atuou no Caso Banestado, em 2005. Formada em Direito pela Universidade federal do Paraná (UFPR) e pós-graduada em Direito e Processo Penal pela Academia Brasileira de Direito Constitucional, a delegada é professora da disciplina de Crime Organizado/Lavagem de Dinheiro na Academia Nacional de Polícia em diversos cursos de formação profissional de delegados, agentes e escrivões da Polícia Federal.

Erika é a única mulher concorrendo à indicação para a lista tríplice, além de ser a única paranaense. Minas Gerais tem três candidatos, mesmo número de São Paulo. Alagoas, Rio de Janeiro e Mato Grosso também possuem candidatos ao cargo.

Polêmica

Na última quinta-feira (26), um comentário do ministro da Justiça causou reação na categoria. Moraes criticou a elaboração da lista tríplice como forma de indicar o novo diretor-geral da PF. O ministro afirmou que a Direção-Geral, os Diretores, os Superintendentes Regionais e “todos os que estão atuando nas grandes operações” desaprovam o processo da lista em andamento. Para a ADPF, o ministro “demonstra clara desinformação sobre o funcionamento da Polícia Federal”.

Os candidatos à lista tríplice também se manifestaram. Por meio de nota, os delegados afirmaram que o método é “técnico e isento” e que a fala de Moraes “retrata um inaceitável retrocesso, mediante o qual se atenta contra a propagada independência da Instituição e se infirma uma série de princípios democráticos e republicanos pelos quais têm sido pautado o movimento nacional de valorização da PF”.

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