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As eleições de amanhã devem marcar o fim da representação paranaense nas mesas diretoras do Congresso Nacional durante os próximos dois anos. No Senado, Alvaro Dias (PSDB) deixará a segunda vice-presidência. Na Câmara, Osmar Serraglio (PMDB) encerra o mandato como primeiro-secretário.

Como não é permitida a reeleição para o mesmo cargo, Serraglio candidatou-se à presidência, apesar de não contar com o apoio do próprio partido. "Não vou morrer se perder. O que vale é a causa de um Poder Legislativo forte", diz o deputado do Paraná, desafeto declarado do favorito Michel Temer.

Pelas últimas sondagens, Serraglio deve somar cerca de 30 votos entre os 513 em disputa. Entre os 30 deputados paranaenses, apenas sete assumiram publicamente o voto no colega. Se não é suficiente para vencer, o desempenho pode ser decisivo para levar o pleito ao segundo turno.

Serraglio também não teve suporte da legenda em 2007, quando elegeu-se primeiro-secretário contra Wilson Santiago (PMDB-PB). Antes dele, apenas outro paranaense ocupou o cargo – Bento Munhoz da Rocha, na década de 1950.

Alvaro até tentou seguir a trilha de Serraglio. Segundo ele, seria muito melhor para o PSDB lançar um candidato à presidência do Senado do que apoiar Tião Viana (PT-AC). "Precisávamos aproveitar essa chance para marcar posição. E agora, como fica a cabeça do brasileiro com o nosso partido fazendo aliança com o maior rival?"

Como uma espécie de "prêmio de consolação", o tucano será o primeiro vice-líder do PSDB durante 2009. Ou seja, falará em nome da legenda na ausência do líder, Arthur Virgilio, do Amazonas. Em contrapartida, conseguiu o compromisso de que assumirá a liderança em 2010 – ano em que pretende disputar o governo do estado.

Comissões

A falta de representatividade dos senadores e deputados paranaenses também se reflete no comando das comissões permanentes. No ano passado, nenhum representante do estado foi escolhido para a presidência de qualquer comissão. A tendência é que isso se repita neste ano.

O cientista político Ricardo Oliveira, da Universidade Federal do Paraná, afirma que isso ocorre porque os parlamentares do estado não contam com o respaldo de grandes lideranças no Poder Executivo. "No PMDB, o governador Requião é uma liderança esvaziada. Já os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Reinhold Stephanes (Agricultura) até exercem certo poder, mas não têm lastro eleitoral."

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