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Com uma análise histórica que vai desde a chegada dos portugueses no Brasil até a reeleição de Dilma, “Pare de acreditar no governo – Por que os brasileiros não confiam nos políticos e amam o estado” questiona a relação dos brasileiros com o governo e com os políticos. A obra do cientista político, Bruno Garschagen, coloca em pauta por que brasileiros continuam apostando e exigindo cada vez mais do Estado, mas ao mesmo tempo não acreditam nos parlamentares.

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No início o livro iria se chamar “Pare de acreditar na política”, por que a mudança?

Quanto mais nós pararmos de acreditar na política mais ela vai ficar nas mãos desse tipo de político que a gente tem hoje. As pessoas de bem tem que ocupar a política para poder expulsar esse monte de políticos ruins que a gente tem hoje em dia. E o “Pare de acreditar no governo” complementa a ideia que nós brasileiros temos com o governo e com os políticos ao longo da história. A gente pede e deseja que o estado seja o grande agente provedor do desenvolvimento social, político e econômico. E ao mesmo tempo, nós não confiamos nos políticos. Eu tento mostrar como se construiu essa cultura política intervencionista e de que forma essa cultura cria essa mentalidade estatista. De querer que o governo resolva tudo. Isso no fundo acaba criando um círculo vicioso.

Por que essa dependência do Estado e dos governantes persiste mesmo quando a credibilidade dos políticos é questionada?

O que eu mostro no livro é que a nossa história política construiu um caminho para a servidão. Então grande parte da população brasileira não teve acesso a outras ideias que não essas que foram vitoriosas. O grande desafio dos últimos anos para indivíduos, organizações, e institutos é mostrar caminhos alternativos rumo a liberdade. Essa transformação é apresentar para a sociedade que existem ideias diferentes dessas que estão aí.

O livro traz alguma solução para isso?

O último capítulo é um grande chamamento a responsabilidade individual para nós construirmos o nosso próprio presente, para influenciarmos o futuro. No fundo eu chamo o leitor para fazer essa reflexão e mostrar que essa responsabilidade pela mudança é nossa. Não é dos políticos, não é do governo, não é do Estado, é nossa.

Como você avalia as discussões sobre a Reforma política no Senado?

Não adianta colocar para fazer reforma, gente que está comprometida com uma agenda intervencionista. No fundo essa reforma política vai atender aos interesses dos partidos, ou dos governos, e não da sociedade. O que precisa é uma mudança cultural e uma reforma na política. Pessoas de bem que entrem na política para mudar de dentro.

Como fazer com que essas “pessoas de bem” sigam carreiras políticas?

Quando alguém que a gente conhece tem vocação para política, tem boas ideias, temos que dar força. O que acontece hoje em dia quando alguém diz que quer entrar na política, a primeira coisa que acontece é: “Não entra não, só tem bandido, você não vai conseguir fazer nada”. E aí os piores é que vão trabalhar na política formal. A gente só vai mudar a política com pessoas melhores lá, não adianta só mudar o sistema de governo, mudar o sistema de voto.

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