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Apesar de sugerir o afastamento do presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), o relatório do vereador Jorge Yamawaki (PSDB) sofreu críticas tanto de vereadores da bancada de situação quanto da oposição da Casa. Para os dois lados, alguns temas acabaram sendo ignorados pelo relatório. A oposição acredita também que o parecer poderia sugerir a cassação do presidente.

Para Valdemir Soares (PRB), da bancada de situação, faltaram informações sobre o relacionamento da jornalista Cláudia Queiroz Guedes com Derosso. Cláudia é proprietária da empresa Oficina da Notícia, que prestou serviços de publicidade à Câmara entre 2006 e 2011. Além disso, para o vereador, também deveria constar no relatório os veículos que receberam verbas de publicidade da Casa. En­­­­tretanto, Soares classificou a punição indicada por Yama­­­waki como "coerente", e disse não ter a intenção de contestar esse ponto.

Já Noêmia Rocha (PMDB) considerou que quatro pontos essenciais foram deixados de fora. O relatório não responsabiliza Derosso pela contratação de Cláudia, nem o fato de os dois terem um relacionamento quando foram feitas as renovações do contrato. Além disso, o documento de Yamawaki não cita o fato de o extrato do edital de licitação indicar um contrato de 12 meses, mas o contrato ter sido originalmente de 24 meses. O relatório também não cita ausência de um gestor para fiscalizar a execução dos serviços de publicidade, o que era previsto no contrato. Segundo Noêmia, esses pontos são agravantes, e embasariam um pedido de cassação. Presidente do Conselho, o vereador Francisco Garcez (PSDB) elogiou o relatório do colega. "Quem disse que acabaria em pizza, perdeu a aposta", afirma.

Prova concreta

Yamawaki defendeu seu relatório e a pena sugerida. Disse que ainda não há uma prova concreta de que tenha havido alguma ilegalidade, mas que houve desvio ético. "Para aplicar uma punição por improbidade, preciso de uma prova concreta. Mas existia um relacionamento [entre Cláudia e Derosso], então, a renovação desse contrato não poderia ter sido feita, é uma quebra do decoro parlamentar", afirma o vereador.

Já o fato de Cláudia ser funcionária da Câmara durante o processo não foi considerado um problema da presidência da Casa, para Yamawaki. "Con­­­forme diz no meu relatório, quando uma pessoa assina um documento dizendo estar hábil, a administração avalia que a informação é verdadeira", afirma o vereador.

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