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A Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907 divulgou nota nesta sexta-feira em que critica a condução das investigações sobre o acidente do Boieng da Gol que caiu na região de Peixoto de Azevedo (MT), em setembro do ano passado, após se chocar com um jato Legacy da empresa americana Excel Aire. Na queda morreram 154 pessoas, entre tripulantes e passageiros do Boeing, na maior tragédia da aviação brasileira.

Os familiares reclamam da demora das autoridades em concluir as investigações e afirmam enfrentar dificuldades para acessar os documentos sobre o caso. Eles relatam não ter tido contato sequer com a transcrição das caixas-pretas dos aviões. Segundo os membros da associação, toda a informação recebida pelas famílias chega a eles pela imprensa.

"Nós, familiares das vítimas do vôo 1907, viemos a público manifestar nosso temor de que as investigações continuem sob um manto velado, com o intuito de atenuar evidências, esvaziar responsabilidades e, conseqüentemente, evitar a aplicação da lei aos responsáveis pela tragédia", diz a carta.

Os parentes dos mortos no acidente criticam também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria se negado a receber as famílias das 154 vítimas do desastre.

"O presidente Lula tem tempo para receber diversas delegações de times de futebol, mas não tem lugar na agenda para atender 154 famílias enlutadas", afirmam.

Os familiares terminam a carta com uma exigência aos órgãos envolvidos na investigação do caso:

"O combate à impunidade pode não ser prioridade do poder público, mas é do povo brasileiro. Nós, os familiares das vítimas do vôo 1907, indignados, queremos respostas e queremos dizer ´não´ à impunidade".

Assinam a carta Jorge André F. Cavalcante, Angelita Rosicler de Marchi, Neusa Felipetto Machado, Salma Assad e Valeska M. de Melo Queiroz. A associação de familiares afirma que enviou a carta ao presidente Lula e aos presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal.

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