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Os familiares das vítimas do acidente da Gol pretendem realizar uma missa no local onde o Boeing caiu, no Norte de Mato Grosso, no dia 29 de setembro do ano passado. Segundo Angelita Demarchi, presidente da Associação de Parentes das Vítimas do Vôo 1907, a missa deve acontecer exatamente um ano após o acidente, que resultou na morte de 154 pessoas. "Muitos parentes querem ir até o local, têm necessidade de ver tudo o que aconteceu, até para superar a perda", disse.

Angelita diz que espera o apoio da Gol e da Força Aérea Brasileira (FAB) no transporte dos familiares e amigos das vítimas. Eles devem ser levados até os destroços da aeronave por índios que vivem na região. "Vamos fazer uma homenagem às vítimas em Brasília para marcar a data e esperamos que, depois disso, possamos visitar o local".

A presidente da associação não viajou até Sinop (MT) para acompanhar as primeiras audiências do processo que apura as causas e responsabilidades pelo acidente. De acordo com Angelita, advogados e assessores das famílias estiveram em Mato Grosso e passaram as informações necessárias. Ela considerou um "absurdo" a ausência dos pilotos do jato Legacy no primeiro interrogatório. "É um descaso com as vítimas do acidente e com a Justiça brasileira", afirmou.

Em relação aos depoimentos dos controladores de vôo, ela diz que "já esperava que não fosse acrescentar muita coisa ao que já se sabe".

Audiência

Na terça-feira (28), o juiz Murilo Mendes ouviu, em Sinop (MT), os depoimentos dos quatro controladores de vôo que trabalhavam no dia do acidente da Gol. Os controladores Felipe Santos dos Reis, Jomarcelo Fernandes dos Santos, Lucivando Tibúrcio de Alencar e Leandro José Santos de Barros e os dois pilotos do jato Legacy, que colidiu com o avião da Gol, são acusados de "atentado contra a segurança de transporte aéreo", com agravante pelas mortes, conforme denúncia do Ministério Público aceita pela Justiça.

O juiz pretendia ouvir os pilotos do jato Legacy Joe Lepore e Jan Paladino na segunda-feira (27), mas os dois não viajaram para o Brasil. Na semana passada, o advogado deles, Theodomiro Dias Neto, apresentou requerimento para que os seus clientes fossem ouvidos nos Estados Unidos, onde moram. O juiz negou.

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