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Geovane, Nathaly e Wagner: projetos elaborados por eles podem ser adotados por parlamentares de verdade | Acervo pessoal
Geovane, Nathaly e Wagner: projetos elaborados por eles podem ser adotados por parlamentares de verdade| Foto: Acervo pessoal

Escolha

Como é feita a seleção?

No Senado Jovem Brasileiro, a seleção é feita através de um concurso de redação em que participam somente alunos de escolas estaduais. O tema muda todos os anos. O autor do melhor texto representa seu estado como jovem senador. No Parlamento Jovem Brasileiro, além de estudantes de escolas públicas, também podem participar alunos de escolas particulares. Em vez de uma redação, os candidatos a deputado jovem são escolhidos pela formulação de um projeto de lei. A seleção é feita pela Secretaria Estadual da Educação.

Com menos de 18 anos, os estudantes Wagner Ramon Ferreira, Geovane Silveira e Nathaly Andrade já tiveram uma experiência na política. Os três viveram por alguns dias a rotina de um parlamentar, trabalhando em Brasília, no Congresso Nacional. Wagner e Nathaly fizeram parte do projeto Jovem Senador, e Geovane foi "deputado federal" no programa Parlamento Jovem Brasileiro (PJB). Os dois projetos são realizados anualmente e têm o objetivo de proporcionar a estudantes do ensino médio a vivência sobre a estrutura e o funcionamento do Poder Legislativo.

VÍDEO: Assista à entrevista com os jovens parlamentares

Em ambos os programas, os participantes simulam durante uma semana todo o processo de discussão e elaboração de leis no Congresso. O grande atrativo é que os projetos apresentados por eles têm chance de serem acolhidos por um parlamentar "de verdade" e seguirem para a tramitação como projetos de lei.

Quando foi jovem senador, Wagner tinha recém completado 16 anos. Morador da pequena Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba, ele jamais tinha viajado de avião. "Foi uma sensação indescritível ver tudo aquilo de perto, foi um sonho realizado", conta.

A rotina dos jovens parlamentares era bastante intensa: "Começava às 6 horas da manhã e ia até a noite. Assistimos a palestras para conhecer como funcionava o Legislativo Federal e depois começamos a vivenciar na prática, apresentando proposições. Isso incluía relatórios, análise, defesa e votação de projetos", explica Geovane, de Colombo, na Grande Curitiba. Ele participou da 9.ª edição do PJB, em 2012, mas até hoje se intitula deputado federal jovem.

Para Nathaly, que também mora em Colombo e foi jovem senadora com 17 anos, o projeto serviu para uma mudança de perspectiva e para entender o funcionamento e a complexidade do Congresso. "Foi uma experiência incrível. Muita gente pensa que na política só tem corrupção, que não deve se envolver porque só tem gente desonesta. Mas não é bem assim. Se você deixar de participar e perder o interesse só por causa dos problemas, quem perde somos todos nós."

Bem-vindo

Segundo o cientista político Luiz Domingos Costa, os parlamentos jovens são iniciativas muito bem-vindas porque abrem as portas do Poder Legislativo para a população jovem, que precisa conhecer e tomar gosto pela vida pública desde cedo. "O único problema é que esse tipo de projeto é muito seletivo. Mas aqueles que conseguem chegar lá normalmente ficam muito satisfeitos com o que aprendem. Eles acabam levando essas experiências para os colegas em suas escolas e se tornam multiplicadores de conhecimentos sobre a nossa democracia."

Jovens vivenciam o dia-a-dia de políticos em Brasília

Três estudantes paranaenses contam como foi viver a rotina de deputados e senadores. Durante uma semana eles trabalharam como políticos no Congresso Nacional.

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