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Pragmatismo político é o que está fazendo o governador Roberto Requião (PMDB) e o PT andarem juntos neste ano. Além de o deputado estadual eleito Ênio Verri e Wálter Bianchini, os dois do PT, estarem praticamente garantidos como secretários estaduais de Planejamento e Agricultura, respectivamente, o presidente estadual do partido e deputado federal eleito André Vargas – antigo opositor de Requião – também foi convidado para assumir a pasta do Trabalho.

Ainda na cota do PT, Irineu Colombo deve virar secretário especial de Representação do Paraná em Brasília. Romeu Miranda, da APP-Sindicato, também indicação do PT, pode ser o novo presidente do Conselho Estadual de Educação. Essas, segundo Vargas, seriam exigências do partido. Há ainda, no governo, a petista Lygia Pupatto, que é secretária de Estado de Ciência e Tecnologia.

"Tudo indica que eu serei secretário do Trabalho. Para mim, é uma experiência a mais", disse Vargas, eleito deputado federal. Se Vargas for nomeado secretário, assume seu lugar na Câmara dos Deputados o suplente Vitorassi.

"Para o PT, é uma chance de o partido participar do governo e se preparar para governar o Paraná, mostrando que pode. E assim poderemos buscar o apoio do Requião na disputa para governador, já que ele não disputa mais o cargo", disse Vargas.

Segundo o presidente estadual do PT, o PMDB entende a responsabilidade de cada um e sabe que esse acordo com o governo não é eleitoral. "Acho legítimo, por exemplo, que cada um lance candidato a prefeito de qualquer cidade." André afirma que só não admitiria, estando no governo, críticas severas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "A nossa relação será institucional, como deveria ter sido antes. Agora, o Requião e o PT amadureceram."

Na análise do deputado, o objetivo de Requião com a escolha de petistas para sua administração tem duas motivações. "O Requião quer se viabilizar como um nome nacional e ter mais diálogo com alguns setores da sociedade que ouvem mais o PT, que nós temos acesso". De acordo com Vargas, nessa "aliança pragmática" quem leva mais vantagem é o governador. "Porque sabe ainda que nós, do PT, mantemos boas relações com o pessoal em Brasília, tendo o Paulo Bernardo (ministro do Planejamento). É show de bola para o Requião." (CCL)

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