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Após todas as medidas fiscais para dar fôlego à economia durante a crise global, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (22) em pronunciamento nacional que a ênfase de seu governo agora é fomentar investimentos no país.

Trata-se de uma mudança de perfil, até então focado nos estímulos ao consumo como motor do crescimento. Não por acaso, a indução dos investimentos privados e públicos será justamente um dos focos de 2010 e bandeira da campanha governista à Presidência da República, contou um ministro à Reuters sob condição do anonimato.

"Se no ano passado anunciamos medidas de estímulo ao consumo, agora nossa ênfase é reforçar o investimento e, assim, fazer a roda da economia girar de forma saudável e sustentada", disse Lula em sua mensagem de final de ano à nação, divulgada em rede nacional de rádio e televisão.

"Quando o investimento cresce, a produção também cresce, o emprego e o consumo aumentam, e aí a economia precisa de mais investimentos para continuar girando."

O presidente citou medidas já anunciadas dentro desse objetivo: crédito adicional de 80 bilhões de reais ao BNDES; criação da letra financeira para que bancos privados captem recursos de longo prazo a taxas menores e emprestem dinheiro a taxas também menores, além do apoio à venda de máquinas e equipamentos da indústria brasileira à América Latina e África.

Na área com impacto sobre a cadeia do pré-sal, Lula citou os 15 bilhões reais alocados no fundo da Marinha Mercante para acelerar a produção de navios. No setor de tecnologia, o governo prorrogou até 2014 a desoneração de todos os tributos federais para aumentar a produção de computadores.

"Dessa forma, vamos consolidar uma nova leva de investimentos saudáveis na nossa economia e estimular o setor produtivo a continuar investindo e empregando cada vez mais brasileiros."

No período mais agudo da crise, o governo injetou recursos em bancos, reforçou o crédito e promoveu renúncias fiscais para estimular o consumo.

Modelo de desenvolvimento

Em seu discurso, Lula atribuiu ao modelo de crescimento sustentável com distribuição de renda o antídoto contra os impactos da crise no Brasil.

"O mesmo modelo que venceu a crise foi o que permitiu, em apenas sete anos, a geração de 12 milhões de empregos com carteira assinada, fez com que 20 milhões de brasileiros entrassem na classe média e 31 milhões saíssem da faixa de pobreza absoluta, ajudando a formar um dos mercados internos mais dinâmicos do mundo", defendeu.

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