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Os 245 passageiros do vôo da American Airlines que fez um pouso forçado na Venezuela retornaram ao Brasil neste sábado (27). O vôo da American Airlines, que partiu de Miami, pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos às 11h45.

Familiares dos passageiros aguardam o desembarque em Cumbica. O clima é de tranqüilidade. Como o vôo - que vinha de Dallas e fez escala em Miami - foi cancelado, após o pouso no Aeroporto Internacional Simón Bolivar, os passageiros foram levados a Miami em dois aviões para só então retornar ao país. De acordo com a empresa, os passageiros foram trazidos em um um vôo extra da American Airlnes reservado para trazer os brasileiros.

Na manhã de sexta, o Boeing 777 que trazia os passageiros para o Brasil fez um pouso forçado no Aeroporto Internacional Simón Bolivar, em Maiquetía, a 80 km de Caracas, na Venezuela. Ninguém ficou ferido.

Segundo a torre de controle do aeroporto venezuelano, os 245 passageiros embarcaram de volta para Miami em dois vôos, que decolaram por volta das 16h. Ao G1, autoridades aeronáuticas venezuelanas informaram que o pouso forçado foi provocado por um problema mecânico ainda não especificado. De acordo com a agência de notícia Reuters, o incidente foi ocasionado por um princípio de incêndio na cabine.

O piloto teria dito a passageiros do vôo que houve um superaquecimento em um equipamento da aeronave. Duas pessoas que estavam no vôo relataram ter sentido um forte cheiro de queimado antes do pouso. A passageira Daniela Pessoa Chuahy enviou à TV Globo fotos do trabalho dos bombeiros após o pouso, além de imagens dos passageiros buscando informações no aeroporto.

Entre os passageiros há várias crianças, muitas voltando de férias na Disney. Os passageiros ficaram em Caracas desde as 7h. O vôo estava previsto para chegar a São Paulo às 10h30.

Superaquecimento

O gerente de vendas José Carlos Rangel, de 42 anos, contou que a aeronave estava prestes a sobrevoar a Floresta Amazônica quando o piloto informou que teria que pousar na Venezuela devido a um problema no avião. Segundo ele, o piloto informou que havia um superaquecimento em um equipamento da aeronave.

No momento do pouso, foi acionado procedimento de emergência, segundo relato de passageiros ao G1. Rangel disse que o Corpo de Bombeiros já aguardava o avião no aeroporto. "A tripulação pediu que mantivéssemos as cortinas abertas para que os bombeiros pudessem visualizar o interior do avião." Segundo ele, os bombeiros entraram no avião e fizeram uma vistoria por cerca de 30 minutos.

Os passageiros só desembarcaram após o Boeing 777 ter sido rebocado até um dos portões do aeroporto. "Cerca de três horas depois do pouso nos foi avisado que o vôo tinha sido cancelado", disse Rangel, que calcula que a maioria dos 245 passageiros que estavam no vôo era de brasileiros.

Os passageiros tentaram junto ao Consulado do Brasil na Venezuela que fosse levado à Venezuela um novo avião para que todos os passageiros fossem transportados para o Aeroporto de Guarulhos, mas o pedido não foi atendido.

Boeing 777 da American Airlines, mesmo modelo que realizou pouso forçado na VenezuelaUm agente da American Airlines propôs ao grupo que eles fossem conduzidos até Miami para então retornar a São Paulo em razão do maior movimento de vôos nos Estados Unidos.

'Aflita'

"Minha irmã me disse que ficou aflita, com o coração na mão, depois que o piloto informou que o avião teria de pousar na Venezuela por causa de um problema mecânico", contou a administradora de empresas Bianca Daher, de 27 anos, que falou por telefone com a irmã dela, passageira do avião, após o pouso forçado. Bianca entrou em contato com o G1 por e-mail, enviado pelo serviço 'fale conosco'.

Segundo relato da administradora de empresas Priscila Daher, de 33 anos, que estava no avião, os passageiros sentiram cheiro de queimado após o pouso da aeronave. Priscila Daher voltava de Miami, onde havia viajado a trabalho com mais três pessoas.

Revolta

A passageira Claudia Regina Hissnauer, professora, revoltou-se diante do atendimento oferecido pela companhia aérea. Ela tem três filhos, sendo que um deles é deficiente. A demora na viagem tornou-se um transtorno.

"Eu não ganhei a passagem de presente. Eu paguei muito caro por ela. Eu acho que eles precisam aprender que a gente tem direitos", diz ela. "Eu estou me sentindo muito prejudicada, por que eu paguei por um serviço que eles não só não estão oferecendo, como estão agindo com descaso total".

Ela narra o susto que levou ao ser informada que seria feito um pouso de emergência. Imediatamente após o pouso, que foi realizado sem problemas, apagaram as luzes do avião e bombeiros entraram na aeronave.

"Foi bem estressante, deixaram a gente com ar condicionado desligado, ficou todo mundo super aflito, não diziam o que era", relata Cláudia.

Os passageiros ficaram no escuro, dentro da aeronave por cerca de 40 minutos até que saíssem da aeronave e fossem para uma área reservada do aeroporto. Os passageiros não chegaram a entrar legalmente na Venezuela, pois não passaram por nenhum serviço de imigração.

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