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O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, tem longas filas para o check-in e saguões cheios na tarde desta segunda-feira (22). O acúmulo de passageiros ainda é reflexo da suspensão das operações na noite deste domingo (21) e do aumento da procura por vôos após o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.

O aeroporto ficou fechado para decolagens das 20h40 às 21h05 na noite de domingo (21). Segundo a Infraero, a suspensão temporária ocorreu devido à chuva e aos ventos fortes que atingiram a região. Um problema na comunicação também provocou atrasos e cancelamentos de vôos. Além disso, o número de passageiros aumentou por causa do GP do Brasil, considerado o evento que mais atrai turistas para a cidade.

Por volta das 13h30 desta segunda-feira, as filas para o check-in das duas principais companhias aéreas chegavam ao fim do saguão. Alguns passageiros esperavam há mais de uma hora para despachar as bagagens. Era o caso de Alex Silva, de 24 anos, que tinha vôo marcado para Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. "Eu vim mais cedo para almoçar. Agora, se eu conseguir embarcar já está de bom tamanho", afirmou.

A dona-de-casa Alessandra Grossmann, de 39 anos, também esperava havia uma hora para fazer o check-in. Grávida de cinco meses, ela esperava na fila preferencial de uma companhia aérea. "Eu não viajei ontem porque me avisaram que todo mundo que saiu do GP embarcaria. Eu nunca imaginei que hoje estaria assim", disse.

A estudante Janaína Riva Azoia, de 18 anos, veio a São Paulo para acompanhar o GP do Brasil. Ela chegou uma hora antes do embarque para Cuiabá, em Mato Grosso, e estava havia meia hora na fila. "Não dá para viajar de avião. O que acontece é que as pessoas desistem de viajar sabendo que vão enfrentar o caos aéreo", reclamou.

O desespero de uma mulher que tentava embarcar chamou a atenção de quem estavam no saguão por volta das 13h30. Ela gritava e chorava em frente ao balcão de check-in de uma companhia aérea. "Faz três dias que estou tentando sair daqui", disse quando questionada pela reportagem do G1 o motivo do choro. Logo depois, um funcionário da companhia pegou a mala da mulher e os dois saíram correndo pelo saguão, sem que houvesse tempo para que ela se identificasse.

Algumas pessoas apelaram para o Juizado Especial do aeroporto. A professora universitária Fabiana Oliveira Canavieira, de 28 anos, deveria ter embarcado no vôo das 8h23 para Brasília. Ela chegou ao aeroporto por volta das 7h40 e foi informada que havia sido colocada na fila de espera. "Eles alegaram que foi por causa da Fórmula 1 e da parada de ontem", contou. De acordo com ela, passageiros que não conseguiram embarcar no domingo foram colocados nos vôos desta segunda.

"Eu tinha uma reunião às 16h. Eu liguei avisando que não ia dar para chegar", contou a professora, que conseguirá embarcar apenas no vôo das 16h40. Fabiana esperava para ser atendida no juizado por volta das 13h15. "Eu queria que eles bancassem os consumos que a gente teve aqui", afirmou.

Ponte aérea e web

O ministro do Esporte, Orlando Silva de Jesus Júnior, e a atriz Taís Araújo embarcavam por volta das 15 h no Aeroporto de Congonhas. Eles disseram não ter encontrado dificuldades. O ministro fugiu das filas por ter feito o check in pela internet, enquanto a atriz encontrou clima mais tranqüilo por ter optado pela viagem para o Rio de Janeiro. "Para a ponte aérea está normal", afirmou Thaís. De acordo com balanço da Infraero, dos 146 vôos programados até 15h em Congonhas, 57 tiveram atrasos superiores a uma hora, ou 39% e 19 foram cancelados. A estatal também alega que o movimento costuma ser maior no aeroporto às segundas-feiras.

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