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Após 16 horas de julgamento, terminou na madrugada desta sexta-feira o julgamento da patroa Roberta Sandreli Rolim, acusada de assassinato da babá Marielma Sampaio, de 15 anos. Roberta Sandreli foi condenada a 38 anos de prisão.

Em novembro de 2005, Marielva recebeu choques elétricos, foi estuprada, torturada e espancada até a morte por Roberta Sandreli e seu marido, Ronivaldo Furtado.

No julgamento, a acusação sustentou a tese de que Roberta foi conivente com as atitudes violentas de Ronivaldo e ajudou a torturar a menina, que trabalhava na residência do casal.

A defesa alegou que Roberta não teve forças para conter o marido e que era ameaçada por ele. Os advogados ainda tentaram reforçar o argumento de que Ronivaldo tem problemas psiquiátricos e apresentaram laudo médico. Ronivaldo está preso e ainda aguarda julgamento.

A mãe de Marielma, uma agricultora que mora no interior do Pará, entregou a filha ao casal com a promessa de que a menina fosse trabalhar e estudar em Belém.

- Queria uma vida melhor para ela: estudo, roupa, calçado - disse Maria Benedita da Silva.

Mas depois de três meses na casa dos patrões, Marielma foi assassinada.

- Eu quero justiça, eu quero justiça - completou a mãe.

Organizações não governamentais e grupos de direitos humanos denunciam que existem no Pará 26 mil crianças e adolescentes trabalhando como domésticos.

- O que acontece quando chega a Belém, é o inverso: a pessoa perde os vínculos familiares, não tem acesso à escola, é vítima de abuso sexual e de atrocidades como vimos no caso de Marielma - explicou Celina Hamoy, coordenadora do Centro de Defesa da Criança de do Adolescente do Pará.

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