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Condenado em duas ações penais ligadas à Operação Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa vive dias de extremo cansaço. Em prisão domiciliar e monitorado por tornozeleira eletrônica desde que deixou a carceragem da Polícia Federal, em 30 de setembro de 2014, o primeiro delator da Lava Jato cumpre uma rotina quase que diária fora de casa.

Desde que escancarou o esquema de corrupção e propinas na estatal, Costa já prestou 118 depoimentos. De 29 de agosto do ano passado, quando começou a contar o que sabia sobre o cartel na Petrobras, até a terça-feira passada (21), quando falou à PF sobre o envolvimento de políticos, 326 dias se passaram. É como se ele tivesse prestado um depoimento a cada três dias.

“A rotina dele é um saco. Hoje (terça-feira passada), ele está de manhã e à noite fazendo depoimentos para a polícia sobre políticos. O Supremo (Tribunal Federal) mandou que se instaurasse um inquérito-mãe e depois inquéritos individuais sobre cada político. Ele está extenuado. Na outra semana, tem CPI, com acareação”, contou o advogado João Mestieri, que defende o delator.

Durante oito anos, Costa dirigiu uma das áreas mais importantes da Petrobras. Ele foi preso a primeira vez em 20 de março de 2014, três dias depois da deflagração da Lava Jato, e ficou na carceragem da PF até 18 de maio. Foi solto e preso novamente entre 11 de junho e 30 de setembro, após firmar o acordo de delação premiada.

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