O ex-líder do PDT deputado Severiano Alves (BA) disse nesta sexta-feira que o partido vai aguardar até a véspera da eleição para decidir que posicionamento tomar com relação à disputa pela presidência da Câmara. O partido, atualmente, é o mais assediado pelos candidatos, já que a bancada que toma posse em 1º de fevereiro terá 24 deputados. Ele explicou que a tendência é o apoio ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e que a tradição do PDT é votar unido.
O ex-líder acredita que o PDT será fundamental para definir a eleição, e lembra que na eleição passada, Aldo ganhou a disputa graças aos votos do partido, que decidiu apoiar o comunista meia hora antes do segundo turno, contra o pefelista José Thomaz Nonô (AL).
- O PDT é que vai decidir a eleição novamente, como já aconteceu na eleição passada. Isso, porque prefiro confiar em 24 deputados unidos do que numa bancada que tem 90 deputados, mas vai para a eleição dividida. Hoje a tendência é pró-Aldo, apesar de ainda estarmos apenas conversando entre nós. Nunca é demais lembrar que foi o PDT que definiu a eleição passada.
Segundo Severiano Alves, o fato de o presidente Lula ter dito que o Planalto não interferirá na disputa, foi positivo, pois liberou os partidos. Se o governo tivesse se posicionado a favor do candidato petista Arlindo Chinaglia (SP), o PDT, por ter optado por compor a base, estaria praticamente obrigado a seguir a determinação.
- O Planalto liberou para o PDT tomar qualquer decisão. Isso nos possibilitou uma decisão mais consciente, e não ficar com o voto preso no candidato do Planalto.
Até o momento, o mapa partidário da eleição da Câmara está assim: PFL, PCdoB e PSB apóiam Aldo; PT, PMDB, PR (ex-PL), PTB e PP são pró-Chinaglia e o PSDB está com o candidato da terceira via, Gustavo Fruet (PSDB-PR), que também tenta o apoio fechado do PPS e votos isolados em todos os partidos.
