A executiva nacional do PDT anunciou ontem o apoio informal à candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. O indicativo de apoio foi aprovado em consenso por 17 dos 23 membros da direção do partido presentes.
O posicionamento, no entanto, não é garantia de que os dois partidos estarão juntos também na disputa pelo governo do Paraná. Enquanto o PT paranaense vê no posicionamento um estímulo para o entendimento no âmbito estadual, o PDT local garante que a aliança em nível nacional não é automática no estados. Por enquanto, os pedetistas não descartam nem mesmo uma coalizão com o PSDB, principal opositor do governo Lula.
Apesar de a decisão ainda ter de ser ratificada pela convenção nacional do partido, em junho, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que o encontro será apenas um ato formal. "Todos terão de subir no palanque da Dilma, independentemente das alianças construídas nos estados", avisou.
Mas segundo o presidente estadual do PDT no Paraná, deputado estadual Augustinho Zucchi, o calendário local é diferente do nacional e não há como assegurar quais alianças serão formadas para a disputa ao governo estadual. "Temos definições aqui no Paraná que são bastante próprias. Vamos obedecer à conjuntura política do estado e não à nacional", afirmou.Zuchhi diz que recebeu liberdade total da direção nacional do partido em relação às eleições no Paraná mesmo que isso signifique uma coligação com o PSDB. "As alianças no estado podem surpreender a muita gente, em sentido contrário ao que a realidade apresenta hoje." O que é certo, garante Zucchi, é que o partido não abrirá mão se ser cabeça-de-chapa para o Palácio Iguaçu, com a candidatura do senador Osmar Dias.
Já a presidente estadual do PT, Gleisi Hoffmann, comemorou o apoio informal da executiva nacional do PDT à candidatura da ministra Dilma. "O PDT tem sido um grande parceiro no governo Lula e essa é uma decisão muito importante e positiva", declarou.
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