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Osmar, Carlos Lupi (presidente do PDT), José Eduardo Dutra (futuro presidente do PT) e Dilma: almoço  para selar aliança | Leonardo Carvalho/Folha Imagem
Osmar, Carlos Lupi (presidente do PDT), José Eduardo Dutra (futuro presidente do PT) e Dilma: almoço para selar aliança| Foto: Leonardo Carvalho/Folha Imagem

A direção nacional do PDT ofereceu ontem apoio formal à candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. Durante o almoço realizado entre líderes das legendas, em Brasília, o presidente licenciado do PDT, ministro Carlos Lupi (Trabalho), afirmou que o partido está "de corpo e alma" na campanha da ministra. No Paraná, porém, ainda é incerto se a aliança nacional será repetida. Segundo o senador Osmar Dias, pré-candidato ao governo do estado – e que esteve presente no encontro em Brasília –, o acordo não é uma obrigação colocada a todos os estados, em virtude dos diferentes cenários políticos em cada região do país.

Na chegada para o almoço na casa da ministra, Lupi garantiu que, apesar de o apoio ao PT ainda precisar ser aprovado em convenção partidária, o PDT não terá nenhum problema em oficializar a aliança. "O partido tem um compromisso nacional. A nossa candidata é a ministra Dilma. Vamos de corpo e alma, sem contrapartida", declarou. "Há muito tempo defendo que essa eleição seja mesmo plebiscitária, para que o eleitor decida entre governo e oposição. A Dilma representa continuidade com possibilidade de avanço."

"Continuidade para nós é avançar", emendou a ministra, que fez questão de ressaltar que ainda não é candidata. "Na realidade eu sou uma provável, futura candidata. Candidata só com a convenção", argumentou. Di­­zendo-se muito à vontade no PDT – por ter sido filiada ao partido até o início dos anos 2000 – Dil­­ma defendeu a unidade da base aliada nas eleições de outubro. Segundo ela, os governistas de­­vem unir suas candidaturas em torno de um nome. "O governo, para mostrar unidade, tem que ter candidatura única", disse.

Diante da declaração da ministra, Lupi reconheceu que terá que buscar a solução de impasses regionais que dificultam a aliança nacional com o PT. "Nós estamos no governo, você não pode fazer jogo duplo. Nós não podemos estar no governo e ir para o palanque da oposição", afirmou, citando, entre outros, o caso do Paraná, onde há risco de a candidatura do PDT se chocar com outras da base aliada governista.

Indefinição

Logo após o almoço, o senador Osmar Dias garantiu que a conversa entre os dois partidos se restringiu à possibilidade de aliança nacional e não entrou no campo dos palanques estaduais. "O PDT colocou que nacionalmente tem intenção de fechar aliança com o PT e fez algumas exigências para consumar essa decisão, como a educação em tempo integral nas escolas", afirmou, em entrevista a Rádio Banda B, de Curitiba. "O que não significa que essa seja uma obrigação para todos os estados. A tendência é que a maioria do partido apoie a Dilma, mas a realidade de cada estado será considerada no momento das alianças."

Osmar disse estar concentrado na elaboração do plano de governo, que será posteriormente discutidos com os partidos que estiverem dispostos a se aliar ao PDT no Paraná. "Agimos dessa forma porque não queremos ser acusados depois de ter feito alianças apenas com objetivo eleitoral", argumentou.

Na avaliação do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), a melhor opção para Osmar seria aliar-se ao PT e resistir às investidas do PSDB, que já tem dois pré-candidatos à sucessão estadual – o senador Alvaro Dias e o prefeito de Curitiba, Beto Richa. "O PT já declarou e tem reafirmado que gostaria de uma coligação com o PDT", declarou. "É evidente que ele não será candidato a governador pelo campo do PSDB, que está brigando internamente pela vaga e quer, na verdade, tirá-lo do caminho."

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