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A tarifa do pedágio está mais barata a partir deste sábado em 13 das 80 praças da malha rodoviária privada do estado de São Paulo. A redução é pequena, mas é a primeira vez, desde 1988, quando o programa foi implantado, que o preço não vai subir. Em algumas praças, será reduzido R$ 0,10 ou R$ 0,20. Segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), a queda é resultado da deflação de 0,33% do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), que serve de base para os reajustes dos contratos.

A tarifa do primeiro pedágio sentido litoral na Imigrantes e na Anchieta, por exemplo, passará de R$ 14,80 para R$ 14,60. Na Anhanguera e na Bandeirantes, o preço será R$ 0,10 menor, passando de R$ 5,10 para R$ 5,00 nos pedágios de Valinhos, na primeira, e Itupeva, na segunda. Na Castelo Branco, a tarifa cai de R$ 9,40 para R$ 9,20 no posto de Itapevi.

De acordo com a Artesp, a Intervias reduziu a tarifa de pedágio de Rio Claro de R$ 1,80 para R$ 1,70. Em Leme e Pirassununga, o pedágio caiu de R$ 4,30 para R$ 4,20. A Centrovias diminuiu o pedágio instalado em Dois Córregos de R$ 6,40 para 6,20. Já a tarifa de Rio das Pedras, da Rodovia Colinas, passou de R$ 5,40 para R$ 5,30. Na SP Vias, o preço do pedágio caiu de R$ 5,50 para R$ 5,40 em Buri, R$ 5,30 para R$ 5,20 em Gramadão e R$ 4,90 para R$ 4,80 em Iaras.

Por muito tempo, o preço do pedágio só subiu. A alta acumulada foi de 140%, contra uma variação de 82% na inflação medida pelo IPCA. Ulisses Carraro, diretor-geral da Artesp, explica que, na época da concessão, o IGM-M era o melhor índice a ser utilizado, pois refletia o preço no atacado, que leva em consideração, por exemplo, o custo do combustível. A alta di dólar e justamente dos combustíveis acabou inflando os aumentos.

- Estamos há algum tempo negociando a mudança de indicadores. Mas também existe risco do novo índice, seja ela qual for, dar um salto. No ano passado, pensamos em passar para o IPCA. Se tivéssemos feito isso teríamos cometido uma bobagem, já que o índice acumulou alta de mais de 4% - disse Carraro.

Segundo ele, o mais indicado seria a criação de um mecanismo de compensação. Ou seja, a tarifa subiria somente com o aumento do custo da operação.

Na maioria das praças de pedágio o preço não baixou. A Artesp explica que este é um efeito do arredondamento das tarifas na segunda casa decimal. Quando ela fica entre 0,01 e 0,05, ajusta-se o valor para baixo; quando fica entre 0,051 e 0,09, ajusta-se para cima. O valor também varia de acordo com o tipo de veículo.

Motocicletas não pagam pedágio. Automóveis são classificados como veículos de passeio e ônibus e caminhões pagam pelo número de eixos, pois veículos mais pesados causam desgaste maior nas pistas.

Do valor arrecadado nos pedágios, 5% vai para a cidade onde o posto de arrecadação está instalado. Segundo balanço da Artesp, em maio deste ano 35% da arrecadação dos pedágios foram destinados a investimentos nas rodovias, 21% cobriram gastos operacionais, 22% amortizaram empréstimos e pagaram juros, 12% retornaram ao estado via pagamento do ônus das concessões e 10% foram recolhidos em impostos diversos.

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