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O advogado da vereadora Ana Maria Branco de Holleben (PT), suspeita de forjar o próprio sequestro, deve protocolar o pedido de afastamento da parlamentar na Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, na próxima segunda-feira (21).

Fernando Madureira afirma que já está com o atestado médico em mãos, mas, justamente pelo estado grave em que se encontra a vereadora, ainda não conseguiu obter sua assinatura para formalizar o pedido. Segundo o advogado, Ana Maria está internada em uma clínica psiquiátrica em Curitiba.

Investigações

Também na próxima semana, a Polícia Federal deve apresentar um parecer sobre o pedido da Câmara e do PT de Ponta Grossa de passar as investigações do caso para a instituição. O documento foi encaminhado na última quinta-feira (10) para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Em entrevista concedida na semana passada, o vereador Pietro Arnaud (PTB), um dos que assinaram o ofício, afirmou que há necessidade de que a Polícia Federal intervenha no caso porque existem pontos do inquérito que não foram aprofundados pela Polícia Civil. "Vários vereadores receberam ameaças e encaminharam provas para a polícia, mas até agora não vimos investigação nesse sentido", disse.

Na ocasião, o delegado da Polícia Civil que cuida da investigação, Danilo Cesto, garantiu que a intervenção da Polícia Federal no caso não atrapalha o trabalho realizado até o momento. Segundo ele, a investigação continua e o inquérito deve ser concluído dentro do prazo previsto de 30 dias.

Ainda conforme o delegado, o que houve não foi um crime eleitoral, fato que justificaria a presença da Polícia Federal, mas, sim, três crimes comuns que, em princípio, são da alçada da Polícia Civil.

Caso

A vereadora Ana Maria Branco de Holleben ficou desaparecida durante 24 horas a partir do dia 1º de janeiro, quando seu assessor Idalécio Valverde contou à polícia que ela havia sido sequestrada por quatro pessoas. No dia seguinte, porém, Idalécio, o irmão Adalto Valverde da Silva e a esposa Suzicleia foram presos e, segundo a polícia, confessaram que o suposto sequestro era uma farsa.

A vereadora foi encontrada no Hospital Regional de Ponta Grossa sob efeito de sedativos, de onde saiu para a delegacia, na tarde de 3 de janeiro. No dia seguinte, teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhada ao quartel do Corpo de Bombeiros.

No dia 9, a Vara Criminal de Ponta Grossa concedeu o pedido de liberdade para a vereadora, que deixou o quartel. Desde então, ela está internada para tratamento em clínica psiquiátrica, atualmente em Curitiba.

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