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Um pedido de cassação do mandato do prefeito de Rolândia, Jhonny Lehmann (PTB), foi protocolado nesta quinta-feira (17) na Câmara de Vereadores do município. A acusação é de improbidade administrativa por irregularidades em contratos na área da saúde.

O vereador José de Paula Martins (PSB), que é da oposição, informou que o pedido de cassação, protocolado por um cidadão que não teve o nome revelado, chegou após a conclusão das investigações da Comissão Especial de Inquérito (CEI) das ‘Horas Extras’ pela Casa.

A comissão investigou os contratos da prefeitura com funcionários do Hospital São Rafael e também dos consertos de ambulâncias. "Encontramos um rombo de mais de R$ 1 milhão, sendo R$ 600 mil do conserto de ambulâncias e o restante dos contratos dos funcionários", informou o vereador. Segundo ele, 205 funcionários estariam contratados sem concurso, portanto irregularmente. O valor, segundo Martins, seria igual a todo o orçamento mensal do São Rafael.

A Câmara deve avaliar o pedido de abertura de uma Comissão Processante (CP) nesta sexta-feira (18). Na próxima segunda (21), o pedido vai ser apresentado para votação. Mesmo a oposição sendo minoria na Casa – só quatro dos dez vereadores são oposicionistas – Martins disse acreditar em uma provável "reviravolta" na opinião dos governistas. "Somos minoria, mas observo que a situação do prefeito é crítica. A cidade está praticamente abandonada, a população não aguenta mais", disparou.

A reportagem tentou contato com o prefeito pelo celular, mas ele não atendeu às ligações. A assessoria de imprensa da prefeitura afirmou que ele não se pronunciaria sobre o assunto por enquanto.

Mandato cassado

O prefeito de Rolândia, Jhonny Lehmann (PTB), teve o diploma cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TER-PR), mas se manteve no cargo porque a decisão só terá efeito se confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A decisão pela cassação teve como base três fatos: utilização de dinheiro público em publicidade eleitoral; desrespeito ao limite de gastos na prefeitura delimitado pela Justiça Eleitoral; e utilização meios de comunicação como meio de campanha política.

Se o TSE confirmar a cassação, novas eleições devem ser realizadas em Rolândia.

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