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Um pedido de vista do líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), com o apoio do PSDB, adiou para agosto a sabatina do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que foi reconduzido para um mandato de mais dois anos. Com o fim do mandato de Gurgel, ele terá de ser substituído por um interino até a realização da sabatina, programada para depois do recesso parlamentar, na primeira semana de agosto. Até lá, o cargo deve ser ocupado pelo vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público, Eugênio Aragão.

Torres afirmou que não poderia admitir que o Senado sabatinasse, numa única sessão da CCJ, dois juristas indicados para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a recondução do procurador-geral da República. Além disso, o democrata externou a insatisfação da oposição com a conduta de Gurgel no recente escândalo envolvendo ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci.

"Acho que no caso Palocci, o procurador-geral não agiu como homem de Estado e, sim, como homem de governo", admitiu o líder dos Democratas. No episódio, Gurgel assinou um parecer em que isentava Palocci de responsabilidade nas denúncias veiculadas contra o ministro. No documento, Gurgel afirmou que não era necessário abrir investigação formal contra Palocci pelo aumento substancial de seu patrimônio ou suspeita de tráfico de influência nos serviços de consultoria.

O oposicionista negou, entretanto, que o pedido de vista da indicação de Gurgel para continuar no cargo, em mensagem da presidente Dilma Rousseff encaminhada ao Senado, seja uma retaliação da oposição por causa do parecer favorável a Palocci.

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