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Crise no Planalto

Peemedebista do Maranhão ligado a Sarney é o novo ministro

Deputado federal Gastão Vieira é escolhido por Dilma para ocupar a vaga de Pedro Novais. Além de agradar ao presidente do Senado, decisão garante que o PMDB da Câmara continue com o cargo, já que o ex-ministro é deputado licenciado

Veja quais os ministros não fazem mais parte do governo Dilma |
Veja quais os ministros não fazem mais parte do governo Dilma (Foto: )
Gastão Vieira, o novo ministro: nome que agrada ao PMDB da Câmara e do Senado |

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Gastão Vieira, o novo ministro: nome que agrada ao PMDB da Câmara e do Senado

Apesar da demissão de Pedro Novais, o PMDB da Câmara dos Deputados e o estado do Ma­­ranhão mantiveram o controle do Ministério do Turismo. O deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) foi escolhido ontem à noite para ser o novo ministro. Ele aceitou o convite.

Além de manter a influência dos peemedebistas da Câmara no ministério – já que o maranhense Novais é deputado licenciado –, a indicação de Vieira também mantém a pasta com um aliado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Vieira, assim como Novais, é ligado à família Sarney.

A indicação do nome de Vieira ocorreu após uma série de reuniões ao longo do dia de ontem. Em um encontro entre o líder do partido na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), e os vice-líderes do partido, ficou acertado que a legenda levaria à presidente o nome de 79 deputados da bancada na Câmara para que Dilma escolha dentre eles o sucessor de Pedro Novais.

A bancada do PMDB na Câmara tem 80 parlamentares. Mas apenas 79 foram submetidos a Dilma porque Novais é deputado federal licenciado e agora deve voltar ao Congresso.

"Vai ser um parlamentar da bancada do PMDB na Câmara", disse Henrique Alves, antes de deixar a Câmara e seguir para o Palácio do Planalto para levar a lista à presidente. "Quem ela [Dilma] escolher será apoiado", completou. Apesar de dar uma ampla possibilidade de escolha à presidente, a bancada do PMDB tinha preferências. Dentre eles, estariam os deputados Manoel Júnior (PB) e Marcelo de Castro (PI).

Racha

Embora o discurso oficial entre os peemedebistas fosse o de união, a decisão de indicar os 79 deputados do partido evidenciou um racha na bancada. Parte dos deputados da legenda estava incomodada com a concentração de poder nas mãos de Alves. Embora Novais tenha sido uma indicação do senador José Sarney (PMDB-AP), o nome do ex-ministro contou com a chancela do líder na Câmara e do vice-presidente Michel Temer. Parlamentares da bancada disseram não aceitar imposições de Alves. A solução encontrada foi indicar toda a bancada, deixando a palavra final para a presidente Dilma.

Lideranças do partido tentavam ainda ontem acalmar os ânimos para que o assunto não contamine o Fórum Nacional do PMDB, que será realizado hoje em Brasília. O temor de peemedebistas é que, durante as discussões, fique evidente a divisão interna do partido e que as denúncias contra Novais prejudiquem a tentativa da legenda de lançar uma agenda positiva – o que está previsto para ocorrer no fórum.

Henrique Alves afirmou on­­tem que o ex-ministro Pedro Novais irá responder a todas as denúncias que pesam contra ele. Segundo Alves, Novais preferiu deixar o cargo porque o processo "vai demandar aborrecimentos, constrangimentos e tempo".

O deputado afirmou que Novais não queria que o Mi­­­nistério do Turismo fosse penalizado.

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