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Suspeita

Peemedebista teria contratado fantasma

Brasília - Paralelamente às representações que chegam ao Conselho de Ética, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), continua sendo alvo de novas denúncias veiculadas pela imprensa, além da investida do Ministério Público. Ontem, reportagem do jornal O Estado de S.Paulo denunciou Sarney por manter uma funcionária fantasma em seu gabinete. Nesta quarta-feira também tornou-se pública a informação de que o MP do Maranhão reprovou as contas da Fundação José Sarney referente ao per´´iodo entre 2004 e 2007

A reportagem de O Estado de S.Paulo afirma que Gabriela Aragão Guimarães Mendes, filha do ajudante de ordem de Sarney, Aluísio Mendes Filho, é funcionária fantasma do gabinete do peemedebista. Gabriela, que é estudante, foi nomeada em 5 de janeiro de 2007 pelo ex-diretor-geral Agaciel Maia, e também trabalha como estagiária da Caixa Econômica Federal.

Sarney confirmou em nota divulgada ontem que Gabriela foi contratada pelo Senado, mas negou que a servidora seja funcionária fantasma. De acordo com o documento, Gabriela foi nomeada para o gabinete pessoal de Sarney, mas foi cedida para o Conselho Editorial do Senado e recebe um salário mensal de R$1.247,48.

"Gabriela Aragão Gui­­marães Mendes, lotada no gabinete do senador José Sar­­ney, tomou posse em 16 de janeiro de 2007 e foi imediatamente cedida ao Conselho Editorial do Senado onde exerce suas atribuições. Seu horário de trabalho, das 7h às 13h, é cumprindo com assiduidade", afirma a nota. A assessoria de Sarney ainda divulgou uma declaração da Caixa Econômica Federal que comprovaria que ela é estagiária da instituição financeira em horário compatível com atividades do Senado.

Reprovação

Já o Ministério Público do Maranhão reprovou nesta semana as contas da Fundação José Sarney referente aos anos de 2004 e 2007.

Na resolução, publicada no Diário Oficial do Maranhão, a promotora Sandra Lúcia Mendes Alves Elouf afirma que o MP decidiu reprovar as contas da fundação depois de auditoria que analisou as prestações de contas da entidade, que teve início no ano passado.

A auditoria realizada pelo Ministério Público estadual identificou irregularidades como o uso incorreto de parte da verba da Petrobras encaminhada à fundação, que se transformou em aplicações bancárias. O Ministério Público Federal no Maranhão também decidiu investigar a Fundação José Sarney após a denúncia de que ao menos R$ 500 mil dos recursos repassados pela Petrobras para patrocinar um projeto cultural da fundação teriam sido desviados para empresas fantasmas e empresas da família do presidente do Senado.

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