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A presidente do PSol, Heloísa Helena, protocolou pedido de investigação contra José Sarney por desvio de R$ 500 mil | Roosewelt Pinheiro/ABr
A presidente do PSol, Heloísa Helena, protocolou pedido de investigação contra José Sarney por desvio de R$ 500 mil| Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr

Brasília - A onda de denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), já se reflete no número de processos por quebra de decoro parlamentar que ele terá de responder no Conselho de Ética da Casa. Até ontem, eram 11 ações con­­­tra Sarney (veja a relação delas no quadro ao lado). São cinco re­­presentações – duas do PSol e três do PSDB – e seis denúncias, quatro de autoria do líder tucano Ar­­­thur Virgílio (AM) e duas assinadas em conjunto por Virgílio e pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Um parlamentar acusado de quebra de decoro pode, se o processo for aprovado em plenário, perder o mandato.

Só ontem foram protocolados no Conselho de Ética do Senado três processos contra Sarney. A presidente nacional do PSol, Heloísa Helena, apresentou ontem em nome de seu partido a nona representação contra Sarney, por quebra de decoro parlamentar. O partido pede que o Conselho de Ética investigue a denúncia de que Sarney omitiu da Justiça Eleitoral uma propriedade de R$ 4 milhões em Brasília, além da acusação de que o parlamentar teria participado do desvio de R$ 500 mil destinados pela Petrobras para a Fundação José Sarney investir em projetos culturais. O senador também é acusado de ter mentido no plenário do Senado ao dizer que não tinha nenhuma função administrativa na fundação.

Outras duas denúncias foram apresentadas por Virgílio e Buarque no início da noite desta quarta-feira. Uma delas foi basea- da em reportagem publicada on­­tem pelo jornal Folha de S.Paulo, segundo a qual Sarney teria vendido propriedades sem o devido pagamento de impostos. A outra denúncia teve como fundamento reportagem do jornal Correio Braziliense na qual Aluísio Gui­­marães Filho, agente da Polícia Federal (PF) cedido pela Presidência da República ao senador José Sarney na cota de funcionários de ex-presidentes do Brasil, passava informações sigilosas da PF ao empresário Fernando Sarney, investigado pela polícia na Operação Boi Barrica. O presidente do Senado nega todas as acusações que pesam contra ele.

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