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Alianças

Peemedebistas pró-PSDB criticam acordo com petistas

Ala do partido trabalha para impedir que parceria com o PT saia do papel

O governador paulista José Serra na posse de Múcio, tendo ao fundo José Alencar e Lula: tucano diz que só definirá sua candidatura em março | Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
O governador paulista José Serra na posse de Múcio, tendo ao fundo José Alencar e Lula: tucano diz que só definirá sua candidatura em março (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Confira na íntegra a nota oficial emitida pelas direções nacionais do PT e do PMDB |

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Confira na íntegra a nota oficial emitida pelas direções nacionais do PT e do PMDB

Brasília - A ala do PMDB contrária à aliança do partido com o PT vai trabalhar nos bastidores para que o acordo, formalizado terça-feira à noite, não saia do papel. Ao classificar o acordo com o PT de "precipitado", os dissidentes prometem cobrar da cúpula da legenda a liberação dos seus filiados para que escolham quem irão apoiar na corrida à Presidência da República.

"Esse acordo é de um amadorismo incompreensível. Foi uma coisa precipitada que não respeitou a natureza do PMDB. A direção do PMDB não levou em conta o que foi adotado nas duas últimas eleições de Fernando Henrique e do Lula. Acho que o melhor seria liberar o partido até pela tendência que a legenda sempre adotou", disse o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

Os dissidentes defendem que o PMDB apoie o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ao Palácio do Planalto – apesar de os tucanos não terem definido o nome do can­­­­didato à Presidência. Serra disputa com o governador Aécio Neves (PSDB-MG) a indicação dos tucanos.

Nos bastidores, os peemedebistas cobram a definição do PSDB para que possam pressionar a cúpula da legenda a mudar de ideia em relação ao apoio à candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.

Na defesa da aliança com o PT, a presidente interina do PMDB, Íris de Araújo (GO), admite que o partido não terá unidade em torno de uma única candidatura. "Esse foi um pré-compromisso (com o PT). O nosso rumo definitivo só vai sair após a convenção do partido. Nós temos que ser realistas e respeitar as vozes que vêm da base. Não é questão de cumprir ou não cumprir o compromisso. A decisão virá depois de acertos regionais", afirmou.

Para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o partido deve manter a aliança firmada com o governo federal desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Sil­­­va assumiu a Presidência. Sar­­­­ney defende que o presidente da Câma­­­ra, Michel Temer (PMDB-SP), dispute a vice-presidência na chapa de Dilma.

PT e PMDB formalizaram terça-feira à noite um pré-acordo em torno da pré-candidatura de Dilma à Presidência da República. Pelo acordo, o PMDB indicará o vice da chapa de Dilma. Os dois par­­­tidos divulgaram nota ontem explicando os termos do pré-acordo. De acordo com a nota, PT e PMDB levarão o pré-compromisso "às instâncias partidárias, construindo soluções conjuntas para as alianças regionais".

O pré-acordo eleitoral formalizado entre o PT e o PMDB vai ga­­­­ran­­­tir a Dilma Rousseff o dobro de tem­­­­­­po de propaganda gratuita na te­­­vê. O interesse do PT está no fato de o PMDB ser hoje a principal le­­­genda do país, com o maior nú­­­­me­­­ro de prefeitos e congressistas. Por isso, tem o maior tempo de tevê no horário eleitoral gratuito da campanha.

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