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 | Nélson Jr./STF
| Foto: Nélson Jr./STF
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Pinga-fogo

Roberto Barroso/ABr

"Já tive com ele aborrecimentos sérios. Ele é um radical e eu não suporto radicais, inclusive os radicais da direita. Eu não suportava os radicais da esquerda e não suporto os da direita."

Jarbas Passarinho, ex-homem forte da ditadura militar, sobre o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso (foto), desistiu da proposta de criar um controle prévio da constitucionalidade de projetos aprovados pelo Congresso. Em reunião ontem com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Casa Civil, Antonio Palocci, e representantes do Senado para tratar do Pacto Republicano, Peluso disse que abria mão da proposta e afirmou que a sugestão foi um pensamento em voz alta. A proposta polêmica, apresentada por Peluso na semana passada, permitiria que o STF analisasse a constitucionalidade dos projetos aprovados pelo Congresso antes que fossem encaminhados para a sanção presidencial. A ideia mereceu críticas do Congresso e de vários integrantes do governo. Dentre as principais críticas, a avaliação de que o STF queria se intrometer em assuntos e prerrogativas dos outros poderes.

Voto impresso na mira

A ministra Cármen Lúcia (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF) já tem na mão todos os dados de que precisa para julgar o caso do voto impresso no país. Uma lei exige que a partir de 2014, os votos feitos em urnas eletrônicas sejam impressos automaticamente. Depositados em urnas, eles servirão para possíveis recontagens. O questionamento à lei foi feito pela Procuradoria-Geral Eleitoral, sob alegação de que o novo sistema poderia permitir a identificação do eleitor: ou seja, acabaria com o segredo do voto. Cármen Lúcia pediu informações sobre a situação. Já recebeu tudo o que pediu. Agora, ela pode ou não dar a cautelar que foi pedida.

Para pensar

"O que está acontecendo é que alguns integrantes querem adiar essa transição democrática para 2012 e aí há divergências, porque acho que o momento é agora."

Marina Silva, sobre a situação de seu partido, o PV.

Pela reconstrução

Uma indicação legislativa do deputado Nelson Luersen (PDT) será encaminhada ao governo do estado sugerindo que a economia obtida pela Assembleia Legislativa nos dois primeiros meses da gestão de Valdir Rossoni (PSDB) seja devolvida ao Executivo e usada na reconstrução das casas destruídas pelas enchentes que atingiram o litoral do Paraná há duas semanas – a medida não pode ser aprovada na forma de projeto de lei, uma vez que a destinação dos recursos do governo é de autonomia do próprio Executivo. Enquanto Rossoni disse ter economizado R$ 3,6 milhões na Casa somente em fevereiro, a Defesa Civil calcula em cerca de ­R$ 100 milhões os prejuízos no litoral.

Curió solto

O oficial da reserva Sebastião Rodrigues de Moura, conhecido como major Curió, foi solto na madrugada de ontem após ser detido por porte ilegal de arma. Curió foi um dos líderes da repressão à guerrilha do Araguaia (1972-1975), um dos casos mais emblemáticos da ditadura militar. O major foi preso anteontem durante operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. Segundo a procuradora Luciana Loureiro, a operação foi uma "tentativa de localizar documentos que possam revelar o paradeiro de corpos de militantes políticos que participaram da guerrilha do Araguaia".

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