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Caso Cachoeira

Perillo e relator da CPI trocam farpas em público

Após semana negativa, tucano cobra isenção do deputado Odair Cunha, que rebateu a crítica e disse que não iria se intimidar com declarações

Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás e Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira | Ueslei Marcelino/Reuters e Saulo Cruz/Ag. Câmara
Marconi Perillo (PSDB), governador de Goiás e Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters e Saulo Cruz/Ag. Câmara)

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o relator da CPI Mista do Cachoeira, o deputado Odair Cunha (PT-MG), trocaram farpas por meio da imprensa ao longo do dia de ontem. Primeiro Perillo cobrou isenção de Cunha na condução dos trabalhos da comissão e disse que o deputado não deve ser "cabo de chicote" de terceiros. No fim da tarde, o parlamentar rebateu o recado do tucano e disse que não iria se "intimidar com qualquer tipo de declaração, de qualquer pessoa".

A semana na CPI do Ca­­choeira foi ruim para Perillo, devido aos depoimentos dos arquiteto Alexandre Milhomem e do jornalista Luiz Carlos Bordoni. Declarações dos dois reforçaram as suspeitas de que há uma relação entre o governador de Goiás e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Em reação aos depoimentos, os tucanos acusaram o relator da CPI de direcionar os trabalhos da comissão para prejudicar o governador de Goiás.

As falas de Cunha após os depoimentos ajudaram a reforçar as críticas a ele. Na terça-feira, Cunha afirmou, após depoimento de Milhomem, que Perillo havia mentido à CPI ao negar que tenha vendido sua casa para Cachoeira. Em seu depoimento, Milhomem afirmou que foi contratado por Cachoeira para decorar a casa vendida por Perillo, dois meses antes da escritura do imóvel ser registrada em cartório em nome de um outro empresário, Walter Paulo Santiago.

Anteontem, depois do depoimento de Bordoni, o petista voltou a ser assertivo contra o governador goiano. Ele afirmou que parte da campanha do tucano foi bancada com dinheiro de caixa 2 – acusação feita pelo jornalista.

Questionado se já haveria elementos para indiciar Perillo pelo crime de perjúrio, quando alguém mente em um depoimento, Cunha disse ontem que vai aguardar para fazer uma reflexão melhor. "O que nós estamos é atrás da verdade", afirmou. E destacou: "Agora, o governador não vai intimidar este relator ou qualquer um membro da CPI de cumprir o seu papel, que é investigar".

Defesa

Perillo falou ontem também sobre os depoimento da semana. Em relação à venda da casa, ele disse que deu todas as explicações sobre o negócio durante o seu depoimento à CPMI do Cachoeira, no último dia 12 de junho. Em relação ao depoimento de Bordoni, o governador afirmou que está processando o jornalista e que ele vai ter de provar as acusações que estão sendo feitas.

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