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O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse neste sábado (22), em Porto Alegre, que a queda na aprovação do governo Dilma Rousseff (PT) indica um desejo de mudança no país.

Pesquisa realizada pelo instituto Ibope entre 13 e 17 deste mês indicou que a aprovação de Dilma caiu quatro pontos percentuais em dois meses, de 43% para 39%.

"Um traço comum das últimas pesquisas é que existe um desejo de mudança. Outro é que a eleição ainda não chegou na pauta da sociedade como questão central", avaliou Campos, presidente nacional do PSB e pré-candidato à presidência.

Ele disse, porém, não esperar que a economia, os protestos pelo país e problemas com a Copa do Mundo afetem a imagem de Dilma. "Não precisa torcer contra o Brasil para ganhar eleição. Vamos torcer a favor do Brasil. Não precisa piorar nada, ter problema com a Copa. A decisão de mudança já está tomada e foi sinalizada desde a outra eleição, quando Marina [Silva] teve 20 milhões de votos", disse Campos.

A ex-senadora Marina Silva, que ingressou no PSB de Campos após ter o pedido de registro da Rede Sustentabilidade rejeitado, disse que o pernambucano está em posição mais favorável do que ela esteve antes das eleições presidenciais de 2010.

"Em 2010, por essa data, eu estava com 3% [das intenções de voto]. O governador já está com 10%. A situação está bem melhor que a minha. E eu cheguei a quase 20%", disse Marina, que chegou ao final do pleito com 19,3% dos votos válidos.

Campos e Marina participaram neste sábado de um seminário com integrantes do PSB, da Rede e do PPS. O evento é o primeiro de uma série de cinco encontros regionais que serão feitos para discutir programas de governo.

No discurso para a militância, Campos priorizou críticas ao governo federal em temas como política energética, infraestrutura e controle da inflação. Também participaram do ato, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, o senador Pedro Simon (PMDB) e o deputado federal Roberto Freire (PPS), entre outras lideranças regionais.

Alianças

Campos e Marina evitaram responder diretamente sobre as divergências internas para a composição de alianças em Estados como São Paulo e Rio Grande do Sul. "As nossas alianças devem ser compatíveis com o programa que estamos apresentando. Em alguns Estados conseguimos resultados importantes", afirmou Marina, citando o acordo em torno da senadora Lídice da Matta (PSB-BA), pré-candidata ao governo da Bahia.

Sobre São Paulo, Campos não quis falar em definição de quem será o nome do partido para disputar o governo. "Há muito tempo hábil para fazer essa discussão. A discussão tem que ser programática, sobretudo em se tratando de São Paulo, pela questão econômica e da população. Queremos fazer um debate que vá além do nome de fulano ou de beltrano", disse.

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