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Pessuti: desistência pode ser decisiva na convenção do PMDB, pois fortalece a ala ligada a Richa e enfraquece a de Requião | José Gomercindo/SECS
Pessuti: desistência pode ser decisiva na convenção do PMDB, pois fortalece a ala ligada a Richa e enfraquece a de Requião| Foto: José Gomercindo/SECS

TSE

PMDB pode ter nome para concorrer contra Alvaro Dias no Senado

Uma resolução de 1998 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite que o ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) participe da disputa para o Senado mesmo se o PMDB decidir participar de uma coligação com o atual governador Beto Richa (PSDB) nas eleições majoritárias. A dúvida surgiu porque os tucanos já têm definido seu próprio nome para a disputa: o do atual senador Alvaro Dias. A resolução do TSE autoriza os partidos coligados na majoritária a se separarem para disputar a cadeira de senador. A decisão abre brecha também para que todos os partidos coligados em torno de um nome para o governo lancem, sozinhos, candidatos para o Senado. (KB)

O ex-governador Orlando Pessuti (PMDB) anunciou ontem que desistiu de disputar o governo do estado na eleição de outubro e que irá apoiar a reeleição de Beto Richa (PSDB). Pessuti concedeu entrevista coletiva na Assembleia Legislativa ao lado de alguns deputados estaduais e do presidente do PMDB do Paraná, deputado federal Osmar Serraglio. O ex-governador disse que estuda a possibilidade de se lançar em uma candidatura "avulsa" (sem apoiar Richa) ao Senado ou então ser candidato a vice na chapa do PSDB.

"Cheguei à conclusão de que não reúno o suficiente apoio de delegados para vencer a convenção e entendo que devo atender ao apelo dos deputados estaduais", disse Pessuti. A convenção do PMDB, que escolherá entre a candidatura própria ou o apoio ao atual governador, ocorre nesta sexta-feira. O ex-governador não descarta a possibilidade de apoiar a pré-candidata do PT, Gleisi Hoffmann. Mas disse que não houve nenhum pedido nesse sentido por parte dos petistas.

A convenção do PMDB é vista como fundamental para definir o quadro político da eleição paranaense. Se o partido não lançar candidato próprio, a probabilidade maior é de que a disputa pelo governo tenha apenas duas candidaturas de maior peso: a de Richa e a de Gleisi. Com isso, aumentam as chances de tudo se resolver em turno único. Uma candidatura do PMDB poderia forçar o segundo turno. No entanto, o partido chega rachado à convenção.

Até a desistência de Pe­s-suti, havia três alas mais fortes na legenda. Uma é favorável à candidatura do senador Roberto Requião (PMDB). A segunda, liderada por parlamentares, prefere o apoio a Richa. A terceira ala, de Pessuti, era disputada pelos outros dois grupos. Sem apoio desse grupo, a hipótese de candidatura de Requião tende a ficar mais distante.

O próprio Pessuti afirmou que a decisão de desistir da pré-candidatura faz parte de uma estratégia para tentar evitar a candidatura de Requião. Durante a coletiva, Pessuti alfinetou Requião e disse que os planos do senador de se lançar candidato ao governo fazem parte de um "projeto pessoal".

Pessuti ressaltou, porém, que o seu apoio a Richa não se trata de um "troco" a Requião que, em 2010, não apoiou sua candidatura ao governo. "Não é questão de ‘dar troco’. Só estou fazendo o mesmo que ele fez comigo. Se ele entendeu que eu não merecia o apoio dele, eu também entendo que ele não merece meu apoio neste momento", disse. Só na sexta-feira Pessuti deve anunciar oficialmente a que candidatura ele vai tentar ser escolhido pela convenção.

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