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O vice-governador, Orlando Pessuti (PMDB), foi convidado para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado no lugar de Quielse Crisóstomo da Silva, que morreu na terça-feira em Curitiba. O nome de Pessuti foi escolhido ontem pelo governador Roberto Requião e pelos deputados estaduais do partido. O grupo depende da resposta do vice para iniciar o processo de indicação para o TCE. Pessuti, no entanto, declarou que ainda não tomou nenhuma decisão e que o assunto precisa ser discutido com calma.

O conselheiro que vai substituir Quielse Crisóstomo será indicado pela Assembléia Legislativa. O Tribunal de Contas vai abrir as inscrições na próxima quarta-feira para os interessados.

Depois de inscrito, o pretendente tem que passar pelo crivo de todos os deputados e o nome é submetido a votação no plenário. O trâmite demora cerca de 30 dias. "Será com certeza um dos primeiros assuntos discutidos no retorno dos trabalhos da Assembléia na próxima semana", prevê o presidente do Tribunal de Contas, Heinz Herwig.

Outros dois deputados do PMDB também estavam sendo cotados para a indicação: o chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, e o líder da bancada, Antônio Anibelli. Ambos são candidatos a reeleição e também têm interesse no cargo.

Pessuti estava se preparando para concorrer novamente na chapa de Requião ao governo, mas segundo parlamentares, a escolha foi a forma encontrada de prestar uma "homenagem" ao vice, que também é secretário da Agricultura e Abastecimento do Paraná.

Cumprindo o quinto mandato como deputado estadual, Pessuti disse que recebeu o convite do governador, foi procurado pelo presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), para tratar do assunto e recebeu manifestações de deputados, mas a decisão precisa do aval de todo o seu grupo político e da família. "Até ontem todas as conversas eram na direção de que eu continuaria como vice ou disputaria o Senado, mas a morte do Quielse antecipou a discussão sobre a vaga, que só seria aberta no ano que vem", explicou. Em 2007, o conselheiro Quielse completaria 70 anos e tinha direito a se aposentar.

Pessuti completa em março 53 anos na vida pública e há 40 anos milita no PMDB. Diz que gostaria de disputar a eleição, mas não esconde o desejo antigo de ser conselheiro. "Dizer que não tenho interesse seria negar aquilo que busquei em 95, quando tentei a vaga, mas o processo foi abortado na época pela mesa executiva da Assembléia e quem acabou sendo indicado foi Henrique Naigeboren", recorda. "A decisão não passa só pela minha vontade".

Cargo vitalício que exerce fascínio sobre políticos, a função de conselheiro é sinômino de prestígio e responsabilidades. O salário básico é de R$ 17.251 mil por mês, R$ 6 mil a mais do que ganha um secretário de estado, e direito a indicar 11 assessores.

A mudança inesperada com o surgimento de uma vaga no TCE vai exigir uma nova composição política para as eleições deste ano. Se Orlando Pessuti assumir como conselheiro, terá que renunciar ao mandato de vice, cargo que ficará vago até o fim do ano, quando termina o mandato. A tarefa do grupo do PMDB será encontrar outro candidato a vice de Requião.

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