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O vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) será o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Durante votação ontem na Assembléia Legislativa, Pessuti conseguiu a vitória com 28 dos 54 votos dos deputados. O governo esperava obter de 30 a 32 votos, mas conseguiu o número exato para vencer no primeiro turno. Se tivesse um voto a menos, a disputa seria decidida em um segundo turno entre Pessuti e o segundo colocado, o deputado Durval Amaral (PFL), que fez 15 votos.

Dos 19 candidatos, apenas Pessuti, Amaral e outros dois foram votados, como já era previsto. A advogada Dora Lúcia Bertúlio fez 6 e o deputado Mário Sérgio Bradock (PMDB) obteve 5.

A base governista respirou aliviada com o resultado, especialmente o vencedor. "Imaginava ser difícil resolver no primeiro turno com Durval, Bradock e a professora Dora concorrendo, mas felizmente valeu a minha história de 20 anos na Assembléia e meu trabalho como vice-governador para ter os votos necessários", disse Pessuti.

A previsão do vice é renunciar ao cargo em abril para assumir o Tribunal de Contas. Antes, pretende cumprir uma agenda de compromissos políticos que inclui a campanha para o pré-candidato do partido à Presidência da República, Germano Rigotto; a votação nas prévias que vão escolher o candidato à sucessão presidencial, no dia 19; e uma festa do PMDB, no dia 24, em Ivaiporã, sua base eleitoral.

Como os conselheiros do TCE são impedidos de militância partidária, Orlando Pessuti também está preparando sua desfiliação do PMDB, mas garante que não vai deixar a vida pública. "Não vou poder fazer campanha eleitoral, mas posso continuar participando de inaugurações de obras, visitando vereadores e prefeitos. Vou continuar sendo um ser a serviço da atividade pública", garantiu.

Mesmo antes de assumir o cargo, o futuro conselheiro sinalizou que pode abrir mão da função para disputar uma nova eleição. "Tenho 53 anos e posso daqui a cinco ou seis anos ou quando achar conveniente voltar à vida política, como fez o Rafael Iatauro e o João Olivir Gabardo", comparou.

Para o presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PSDB), o resultado não teve surpresas, a não ser os dois votos a menos previstos para Pessuti. A eleição, segundo ele, não pode ser interpretada como uma queda-de-braço entre oposição e governo. "A votação de conselheiro não significa apoio ao governo. Sabia que a escolha ia ficar entre Pessuti e Durval. Os dois têm um excelente trabalho prestado ao Paraná, mas apenas um poderia ser escolhido", disse.

Pessuti assume a vaga de Quielse Crisóstomo da Silva, morto no mês passado. Entre as funções de conselheiro está a fiscalização das contas do governo estadual, da Assembléia Legislativa, do Ministério Público, dos chefes dos poderes Legislativo e Judiciário estadual, dos secretários de estado, das 399 prefeituras e 399 câmaras.

O TCE é composto por 7 conselheiros, 7 auditores e 11 procuradores. A próxima vaga será aberta com a saída do conselheiro Rafael Iatauro, que pediu aposentadoria e vai assumir a chefia da Casa Civil. No seu lugar deve ser indicado o auditor Caio Soares.

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