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A prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, e o agravamento da situação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto , com a decisão do Ministério Público Federal (MPF) de denunciar ele e Duque por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha preocupam o partido. Embora tenha evitado comentar a prisão de Duque e as denúncias contra ele e Vaccari, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu nesta quinta-feira mudanças internas no próximo congresso da legenda, que acontecerá em junho. Segundo Guimarães, o PT “está sofrendo” e precisa se recompor, fazendo no próximo congresso da legenda um pacto que garanta mudanças, dando como exemplo, mudanças na formação e também na relação com os movimentos sociais de quadros.

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“Evidentemente que o PT está sofrendo. Temos que recompor isso todo, fazendo mudanças internas no PT. Não vou falar sobre prisão (do Duque) não sou da Polícia Federal, sou líder do governo. Não quero opinar sobre temas que não me competem. Isso ( a prisão e as denúncias) não acrescenta, nem desacrescenta (sic)”, disse o líder, acrescentando: “Quem está sendo denunciado, não está condenado. O presidente da Câmara e do Senado estão na lista (dos que respondem a inquérito) Vamos esperar e ver, mas quem fala sobre isso é o PT”.

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Segundo Guimarães, o país precisa aprovar mudanças na forma de financiamento das campanhas eleitorais. Se não for possível aprovar o financiamento público, pelo menos que se aprove o fim doações de empresas. “O PT de hoje não é o PT e o Brasil de ontem. O PT Tem que fazer a atualização programática de seus ideais. Não é apenas por ontem (as manifestações), mas em função da conjuntura, de uma supervalorização dos ataques ao PT”, disse Guimarães.

A prisão do petista Renato Duque e o pedido de abertura de inquérito contra o tesoureiro do partido João Vaccari Neto não foi tema central da reunião da coordenação política ampliada do governo. A avaliação feita pela presidente Dilma a ministros próximos é que não se trata de um problema novo, os personagens já estavam sendo investigados. Segundo integrantes do governo, como estavam na reunião do Palácio da Alvorada na manhã de ontem ministros não só do PT, o assunto não foi longamente debatido.

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Humberto Costa reconhece dificuldade e defende mudança na ‘cultura interna’ do partido

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse nesta segunda-feira que as manifestações serviram como um “alerta importante” tanto para o governo Dilma como para o PT. Direto, Humberto Costa disse que o PT sofreu um desgaste junto com o governo e enfrenta hoje um “momento de dificuldades”. O petista defendeu a chamada autorrenovação. “Não diria que foi um puxão de orelha, mas um alerta para o governo melhorar o diálogo. Diria que o PT está vivendo hoje um momento de dificuldade e precisa reagir. Mas essa reação precisa ter uma intensidade maior. É uma autorrenovação. É preciso também mudar a cultura interna”,disse Humberto Costa.

Ele disse que, dentro deste processo de renovação, o PT precisa de um novo programa e de um manifesto. “Com 12 anos, distanciou um pouco o partido da sociedade. Distanciou”, afirmou.

No caso do governo Dilma, o próprio líder do PT disse que é preciso melhorar o diálogo com a sociedade e “mostrar as medidas que serão tomadas”. “O que está em jogo não é o governo Dilma ou o PT, mas a política do Brasil em geral”, disse o petista.

Humberto Costa defendeu a aprovação da reforma política e, principalmente, do financiamento público de campanha. Ele ainda disse que, no caso da Petrobras, as investigações devem mesmo ser feitas pelo Ministério Público. Ele está na lista da Operação Lava-Jato e nega as acusações.

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