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A assessoria de imprensa da Polícia Federal admitiu nesta quinta-feira (28) um erro do órgão e disse não ter intimado Omézio Pontes apesar de ter marcado seu depoimento para esta manhã. Omézio é ex-assessor de imprensa do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Ele não compareceu à Superintendência da Polícia Federal em Brasília e o delegado que comanda as investigações o esperou por uma hora.

Segundo a PF, houve um "problema no processamento da intimação". De acordo com a assessoria, há um calendário prévio para os depoimentos e não foi observado que ocorreram problemas com a intimação. A PF disse que vai intimar o ex-assessor "com brevidade". O depoimento só deverá acontecer no próximo mês.

O suposto esquema de distribuição de propina, que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília, foi revelado no dia no dia 27 de novembro, quando a PF deflagrou a operação Caixa de Pandora.

No inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador Arruda é apontado como o comandante de um esquema de pagamento de propina a deputados distritais e aliados. Repasses de dinheiro foram registrados em vídeos e entregues à PF pelo ex-secretário de Relações Institucionais do governo Arruda e pivô do escândalo, Durval Barbosa. A propina seria paga por empresas de informática contratadas pelo governo do DF.

Homem forte de Arruda

Omézio era um dos "homens fortes" de Arruda no governo. Ele é acusado por Durval de participar do sistema de distribuição do suposto esquema de propina. O nome de Omézio aparece também em planilhas que listariam possíveis beneficiários dos recursos desviados.

O ex-assessor de imprensa de Arruda aparece em um vídeo feito no primeiro semestre de 2009 recebendo R$ 100 mil. Segundo o inquérito da PF, ele buscava dinheiro para o governador.

Omézio é um dos oito suspeitos de participar do esquema que teve os sigilos bancário e fiscal quebrado com autorização do STJ. No pedido desta quebra de sigilo, o Ministério Público Federal afirmou que "existem indícios veementes de ocorrência de diversas infrações penais, como ressai do conjunto probatório constante dos elementos fornecidos pela autoridade policial e constantes do procedimento".

Nesta tarde a Polícia Federal espera ouvir o jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Edson Sombra. Ele teria encorajado Durval a revelar o esquema. Sombra seria a principal testemunha de Durval e teria recebido uma cópia dos vídeos feitos pelo ex-secretário.

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