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A Polícia Federal analisa os extratos bancários dos 86 investigados na Operação Xeque-Mate, que apura a exploração de jogos ilegais e tráfico de influência. Entre os que tiveram sigilo fiscal e bancário quebrado estão os 80 presos na ação, os cinco foragidos e o irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Inácio da Silva, o Vavá.

Após pedido da PF, a Justiça Federal de Campo Grande (MS) decretou a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos envolvidos. A quebra, segundo a assessoria de imprensa da PF, havia sido autorizada antes da deflagração da operação.

A intenção da Polícia Federal agora é saber como e quem financiava a suposta máfia, que movimentava cerca de R$ 7 mihões por mês com jogos ilegais. Para isso, eles analisam os dados e devem ouvir até a quarta (13) novamente alguns suspeitos para verificar divergências nos depoimentos. Além disso, a PF finaliza o inquérito da operação, que deve ser entregue na quarta.

Na quarta-feira, vence o prazo da prisão temporária dos suspeitos que estão na carceragem da PF. Eles já tiveram a detenção prorrogada - a prisão temporária vale por cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco dias. Após expirar esse prazo, a PF pode pedir prisão preventiva, válida por tempo indeterminado. Cerca de 20 suspeitos devem ter prisão preventiva solicitada.

As acareações entre os suspeitos, previstas para ocorrer na PF na segunda (11), foram canceladas após acordo entre o Ministério Público e os delegados. As acareações ocorrerão somente em juízo.

Sigilos

A Polícia Federal já tem em mãos, por exemplo, informações sobre as declarações de rendimentos dos acusados de envolvimento e parte dos dados sobre suas movimentações financeiras identificadas pela Receita Federal a partir do recolhimento de CPMF.

Os dados são considerados de grande importância já que poderão expandir as investigações e confirmar conexões já identificadas nas escutas telefônicas.

A análise das informações remetidas pela Receita, por exemplo, já apontou a suspeita de que o pai de um afilhado do presidente Lula teria registrado uma movimentação financeira crescente nos últimos anos cinco anos, supostamente incompatível com seus rendimentos.

Morelli Filho declarou à PF receber um salário de R$ 4,8 mil como assessor da diretoria da Saned (Companhia de Saneamento da Prefeitura de Diadema). Também afirmou que complementava seus rendimentos com serviços prestados ao PT por intermédio da micro-empresa Dario Morelli ME, especializada no aluguel de automóveis.

Os dados mostram somente em 2005, ele teria registrado movimentação financeira superior a R$ 600 mil.

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