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Polícia já tem retrato falado de suspeitos da morte de coronel

A Polícia Civil do Rio já tem o retrato falado de dois dos três homens que invadiram, na quinta-feira passada, o sítio onde o coronel da reserva do Exército Paulo Malhães morava, na zona rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Os criminosos, no entanto, ainda não foram identificados. A Polícia também aguarda a conclusão do laudo cadavérico que apontará a verdadeira causa da morte do militar.

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A Polícia Federal apreendeu nesta segunda-feira (28) uma série de documentos na casa onde o coronel reformado Paulo Malhãesmorreu na última quinta-feira (24), em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De acordo com o Ministério Público Federal, que pediu a ação à Justiça, foram confiscados três computadores, mídias digitais, agendas e documentos secretos da ditadura militar. Malhães morreu durante uma invasão a sua casa, um mês depois de admitir à Comissão Nacional da Verdade (CNV) que torturou e matou presos políticos.

Nesta segunda, a CNV pediu que o governo do Rio aceite a ajuda da PF nas investigações e não descarte a possibilidade de o militar ter sido vítima de queima de arquivo. O coordenador Pedro Dallari foi recebido pelo secretário da Casa Civil do Rio, Leonardo Espíndola. "Malhães fez o depoimento mais importante da comissão. Pedimos que não se descarte a hipótese de queima de arquivo, que é muito forte", disse Dallari.

Outros dois integrantes da CNV, Rosa Cardoso e José Paulo Cavalcanti Filho, participaram da reunião no Palácio Guanabara. O chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, disse a eles que ainda não há indícios que sustentem a tese de queima de arquivo.

A polícia trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), que foi criticada hoje pelo presidente da Comissão da Verdade do Rio, Wadih Damous. "Este caso não pode ser tratado como uma mera tentativa de assalto", afirmou Damous.

Riocentro

Nesta terça-feira (29), a Comissão Nacional da Verdade divulgará relatório que responsabiliza oficiais do DOI do I Exército pelo atentado do Riocentro, em 1981. O documento se baseia em papéis apreendidos na casa do coronel Júlio Miguel Molinas Dias, ex-chefe do destacamento, assassinado em 2012.

A comissão convocou para depor o então capitão Wilson Machado, que participou da ação frustrada. Ele estava no Puma em que uma das bombas explodiu acidentalmente, matando o sargento Guilherme do Rosário.Também foram chamados o general reformado Newton Cruz, que alegou motivo de saúde para não comparecer, e testemunhas que estavam no Riocentro para assistir a um show em comemoração ao Dia do Trabalho.

O objetivo do atentado do Riocentro era acusar organizações de esquerda de terrorismo e frear a abertura política no governo João Figueiredo (1979-85). O plano foi frustrado pela explosão acidental da bomba.

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