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Ex-presidente Lula foi alvo de condução coercitiva em março de 2016. | Fernando Frazão/Agência Brasil
Ex-presidente Lula foi alvo de condução coercitiva em março de 2016.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Polícia Federal devolveu aos advogados do ex-presidente Lula parte dos documentos e objetos apreendidos em março durante a 24ª fase da Lava Jato. Lula foi alvo de condução coercitiva e prestou depoimento na área reservada às autoridades no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Entre os itens devolvidos aos advogados no dia 21 de junho estão documentos do Instituto Lula com o escritório Teixeira, Martins Advogados, que representa o petista e sua família, documentos com a identificação “Catas Okamotto” e até uma nota fiscal em nome de Luis Claudio Lula da Silva com a compra de equipamentos de cozinha comprados no Polishop do Shopping Pátio Paulista.

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No evento, em que autorizou a devolução, a PF informou que ainda que foram apreendidos documentos relativos às investigações como notas fiscais de palestras feitas por Lula no Peru, Cuba e Angola nos dias 1 de julho de 2013, 9 de abril de 2014 e 12 de maio de 2015, respectivamente.

As palestras, pagas pela Odebrecht, custaram cerca de R$ 1,3 milhão. Ainda há notas fiscais de outras palestras feitas em Portugal. Republica Dominicana e Venezuela que custaram outros R$ 1,2 milhão.

O ex-presidente Lula é alvo de seis frentes de investigações na Lava Jato. As apurações ficaram paradas do dia 28 de março até o mês passado. A paralisação aconteceu após aparecerem interceptações telefônicas do líder petista conversando com a presidente Dilma Rousseff, antes de seu afastamento decidido pela Câmara do Deputados.

Lula é investigado sobre um possível recebimento de favores das construtoras Odebrecht e OAS na reforma do sítio de Atibaia, que a Lava Jato suspeita que é de sua propriedade.

O petista também é suspeito de ser proprietário de um tríplex em Guarujá, no litoral paulista, também construído pela OAS, conforme o jornal O Globo revelou em 2014. A empreiteira ainda teria pago R$ 1,2 milhão, valor gasto por Lula para guardar o seu acervo pessoal, após sua saída da Presidência da República, em 2011.

Além dessas três suspeitas, os investigadores apuram ainda se o Instituto Lula e a empresa LILS Palestras, de propriedade do ex-presidente, foram usados para recebimento de vantagem indevida de empreiteiras em troca de contratos na Petrobras.

A sexta frente de investigação é a única que não está em Curitiba. Por determinação do ministro Teori Zavascki, Lula será investigado em Brasília por suspeita de obstruir a Justiça ao atuar na compra de silêncio do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. A acusação foi feita pelo ex-senador Delcídio do Amaral em delação premiada.

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