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Nelson Meurer disse que tudo que precisava declarar está no inquérito policial. | Rodolfo Buhrer/Gazeta do Povo/ Arquivo
Nelson Meurer disse que tudo que precisava declarar está no inquérito policial.| Foto: Rodolfo Buhrer/Gazeta do Povo/ Arquivo

A Polícia Federal (PF) indiciou os deputados federais Vander Loubet (PT-MS) e Nelson Meurer (PP-PR), e o ex-parlamentar Cândido Vaccarezza (PT-SP), investigados na Operação Lava Jato, por recebimento de propina oriunda de contratos da Petrobras. O inquérito cita indícios de corrupção passiva dos três políticos.

O documento aponta que Nelson Meurer teria recebido duas parcelas de R$ 250 mil como propinas para campanha eleitoral de deputado federal em 2010. Os valores teriam sido travestidos de doações eleitorais feitas pela empreiteira Queiroz Galvão, ordenadas por Ildefonso Colares Filho e Othon Zanoide de Moraes Filho – executivos da construtora, indiciados por corrupção ativa – a pedido do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, também indiciado por corrupção ativa. Os repasses para Meurer supostamente ocorreram, segundo a PF, por orientação do doleiro Alberto Youssef.

De acordo com a Polícia Federal, Nelson Meurer teria recebido entre meados de 2008 e abril de 2013 – enquanto Costa era diretor da Petrobras – propina “oriunda de contratos da diretoria de Abastecimento mediante comparecimento pessoal no escritório de Youssef em São Paulo”.

Meurer teria recebido também, em Curitiba, mediante entregas do carregador de malas Rafael Ângulo, que trabalhava com Youssef, valores que giravam em R$ 150 mil, “perfazendo 11 momentos de corrupção a totalizar R$ 1,65 milhão”.

Segundo laudo da PF, Meurer recebeu ainda R$ 42 mil e R$ 10 mil em propinas por ordem de Costa.

Procurado pela reportagem, Meurer disse que tudo que precisava declarar está no inquérito.

Outros políticos

Segundo o documento da PF, Cândido Vaccarezza teria recebido em seu apartamento, em São Paulo, valores de Youssef, personagem central da Lava Jato, a mando de Paulo Roberto Costa, para a campanha de 2010. Vaccarezza foi líder do PT e do governo na Câmara Federal na gestão Lula e no primeiro mandato de Dilma Rousseff,

O inquérito da PF concluiu, com base em provas documentais e testemunhais, que houve corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo deputado Vander Loubet. Segundo a PF, em razão do cargo de deputado federal, o parlamentar teria recebido R$ 1 milhão de Youssef a mando de Pedro Paulo Leoni Ramos.

De acordo com a PF, uma parte dos valores teria sido entregue em Campo Grande (MS) e outra teria sido depositada em contas de terceiras pessoas, que teriam dado suporte a Vander Loubet em sua campanha eleitoral de 2010.

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