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Cinco dias após deflagrar a operação Firula, que levou à prisão os empresários do ramo de futebol Reinaldo Pitta e Alexandre Martins, a Polícia Federal (PF) chamará para depor o técnico da seleção brasileira de futebol, Carlos Alberto Parreira. O treinador é suspeito de comprar um imóvel no Rio com dinheiro vindo de forma irregular do exterior. Ou seja, sem que o Banco Central fosse comunicado da operação.

As análises iniciais feitas nos documentos apreendidos nos escritórios dos empresários, na quinta-feira passada, levantaram ainda a suspeita sobre transações envolvendo jogadores de futebol. Quatro casos chamaram a atenção dos investigadores, que devem chamar para depor os apoiadores Vampeta, atualmente no Brasiliense, e Felipe, ex-Fluminense e atualmente, no Catar.

Também devem ser convocados pelos policiais, os laterais Gilberto, no momento no Hertha Berlin, da Alemanha, e Gabriel, que está deixando o Fluminense.

- Com o andamento das investigações, os jogadores terão que explicar algumas transações que ocorreram em suas carreiras. No caso do técnico Parreira, ele vai ter que dizer o que houve na compra de um imóvel - afirmou o delegado Algacir Mikalowski, da Delegacia de Repressão à Crimes Financeiros, da Polícia Federal.

As investigações que levaram para a prisão os empresários Alexandre Martins, Reinaldo Pitta e seus filhos Rodrigo e Renata, além do empresário Aloísio de Freitas duraram seis meses. Neste período foi possível descobrir a execução de um esquema que, segundo a PF, sonega impostos e lava dinheiro.

Além do acompanhamento feito pelos policiais, alguns depoimentos foram importantes para saber como seria a atuação do grupo. Uma das pessoas ouvidas na polícia foi o ex-jogador Bismarck, que jogou no Vasco e no Fluminense.

Em seu depoimento, Bismarck revelou que, para comprar 170 imóveis no Rio, depositou dinheiro na conta da empresa Gortin Corporation. Segundo ele, a empresa seria de propriedade dos empresários. Até agora, o fato era negado pelos dois em depoimentos na PF e na Justiça Federal.

O ex-jogador é visto pelos investigadores como "colaborador" por esclarecer os detalhes, como também, por pagar suas dívidas com a Receita Federal. Além do depoimento de Bismarck, as investigações avançaram devido o relato do doleiro Clark Setton, proprietário da Depolo Corporation e da Bradner Inc., e que também cedia sua conta para depósitos de dinheiro no exterior.

- Os dois empresários tiveram a vida complicada com os depoimentos - conta um dos policiais.

Bismarck foi procurado em três telefonemas, mas não retornou as ligações.

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