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Sede da PF em Curitiba, onde Youssef está preso: Polícia Federal não confirma nada e tem tratado o caso como “suposto depoimento” | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Sede da PF em Curitiba, onde Youssef está preso: Polícia Federal não confirma nada e tem tratado o caso como “suposto depoimento”| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

A Polícia Federal (PF) instalou um inquérito para verificar o "suposto vazamento" de trechos de depoimento da delação premiada do doleiro Alberto Youssef para a revista Veja. A investigação, que corre sob sigilo, foi iniciada na última sexta-feira, dia em que a publicação chegou às bancas com reportagem informando que Youssef teria dito que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento dos desvios de recursos da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato. O jornal O Globo publicou anteontem que o depoimento do doleiro supostamente divulgado pela revista teria sido retificado a pedido de um advogado de defesa. O jornal diz que há a suspeita de que o doleiro teria sido "estimulado" a citar Dilma e Lula.

A PF informa que a investigação não confirma e nem nega que Youssef fez a suposta afirmação, e diz que somente apura se realmente houve vazamento do que ele disse em delação premiada – ou seja, sob segredo de Justiça.

Retificação

De acordo com o jornal O Globo, Youssef teria prestado depoimento na terça-feira da semana passada. No dia seguinte (22 de outubro), um advogado teria pedido para fazer uma retificação no depoimento anterior. Foi então que Youssef teria dito que, pela abrangência do esquema, "não teria como Dilma e Lula não saberem".

Advogados de Youssef, An­­tonio Figueiredo Basto e Adria­­no Bretas negam as informações do jornal e dizem que a reportagem do veículo foi "mentirosa". Eles garantem que não houve nenhum depoimento no dia 22. A PF e o Ministério Público Federal (MPF) não confirmam se houve ou não o depoimento neste dia.

Bretas afirma que estão ocorrendo "especulações ma­­liciosas" que tentam atribuir "colorações político-partidárias" para os depoimentos do doleiro. Basto ressalta que "a colaboração à Justiça [de Youssef] é apartidária e não está protegendo ninguém". "É uma colaboração importante diante dos fatos e no momento oportuno vai trazer uma série de esclarecimentos", afirma Basto.

Em resposta à reportagem de O Globo, a revista Veja destacou em seu site o artigo de um colunista que afirma que o depoimento de Youssef não foi modificado e que ele não falou à PF no dia 22.

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