O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou, na última terça-feira, depoimento à Polícia Federal (PF) em um inquérito complementar do mensalão. O depoimento do petista foi dado em Brasília, na condição de testemunha.
Segundo a reportagem apurou, Lula não relatou grandes novidades. Ele aproveitou compromissos na capital para atender ao pedido da PF. O encontro, contudo, não foi divulgado por sua assessoria.
Em setembro, o jornal Folha de S.Paulo mostrou que a PF tentava, desde fevereiro deste ano, colher declarações do ex-presidente. Lula negou, naquele momento, ter recebido qualquer convite nesse sentido.
Em 2012, novos depoimentos dados pelo operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério de Souza, motivaram ao menos dois inquéritos adicionais sobre o caso. Em suas afirmações à época, o empresário acusou Lula de saber da existência do esquema e de ter se beneficiado pessoalmente dele.
Naquele ano, Valério foi espontaneamente à Procuradoria-Geral da República (PGR) prestar novas declarações na esperança de ser beneficiado de alguma forma. Àquela altura, ele já havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas as penas ainda não haviam sido definidas. Valério continua detido em Minas Gerais, onde cumpre sua pena de mais de 37 anos de prisão.
Procedimentos
Os dois inquéritos policiais tramitam em Brasília e Minas. Foram instaurados outros seis procedimentos no Ministério Público Federal para apurar as acusações do operador do mensalão. Pelo menos dois já foram arquivados.
O depoimento de Lula deve finalizar pelo menos um dos inquéritos.
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