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A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira (17) 40 mandados de prisão em nove estados e no Distrito Federal. A Operação Navalha tem o objetivo de desmontar um esquema de fraude em licitações e desvio de recursos públicos federais destinados a obras públicas, incluindo as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Segundo a assessoria de imprensa da PF, 19 pessoas já foram presas, entre elas, o deputado distrital Pedro Passos (PMDB-DF). Procurada pelo G1, a assessoria do deputado disse que não tem informações sobre o caso. Todos os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

As investigações da PF, que começaram em novembro de 2006, apontam o desvio de recursos dos ministérios de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades e do Planejamento. O esquema fraudava ainda licitações do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit). Por envolver autoridades e servidores públicos, o inquérito está no Superior Tribunal de Justiça.

De acordo com a Polícia Federal, uma empresa que tem sede em Salvador comandava o esquema direcionando verbas públicas para obras de interesse da quadrilha. As licitações eram manipuladas para assegurar a liberação do dinheiro para obras superfaturadas, irregulares ou até que não existiam.

Os mandados de prisão estão sendo cumpridos nos estados de Alagoas, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e no Distrito Federal. Policiais federais cumprem ainda 84 mandados de busca e apreensão. As contas dos envolvidos foram bloqueadas e os bens estão indisponíveis. Cerca de 400 agentes foram mobilizados para a Operação Navalha. Hierarquia

Segundo a Polícia Federal, a quadrilha era estruturada em três diferentes níveis. No mais alto nível, estão os funcionários da empresa baiana, abaixo, os chamados "auxiliares e intermediários", apontados como os responsáveis pelo pagamento de propina, e no terceiro nível, autoridades públicas que facilitariam a atuação da quadrilha.

As investigações da PF constataram o recebimento de "vultosas quantias" em dinheiro vivo e outras vantagens, como carros de luxo, por autoridades públicas.

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