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O militar uruguaio reformado Manuel Juan Cordero Piacentini, de 66 anos, chegou à sede da Polícia Federal (PF) de Porto Alegre (RS) nesta terça-feira (27). Ele é suspeito de crimes contra os direitos humanos e foi preso pela PF na segunda-feira (26), em Santana do Livramento, na fronteira entre Brasil e Uruguai.

Piacentini é suspeito de ter matado dois políticos uruguaios em Buenos Aires (Argentina) em 1976, na época da ditadura. Ele deve permanecer detido até o julgamento do pedido de extradição feito pelo governo argentino.

Segundo o jornal uruguaio "El País", o advogado do ex-militar, Julio Fabero, pretende pedir habeas corpus e liberar Piacentini. Ele teria dito à rádio Carves que seu cliente "nunca teve problemas no Brasil". Fabero afirmou também que a prisão é ilegal porque o pedido de extradição do governo argentino estava arquivado. Mandado de prisão

A PF informou que Piacentini foi preso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que expediu um mandado de prisão.

De acordo com a polícia, o uruguaio é casado com uma brasileira desde 1975 e chegou ao país em julho de 2004. Em setembro desse ano, ele solicitou o pedido de permanência no país, mas ainda não obteve a resposta definitiva. Enquanto aguarda a decisão, sua situação no país é considerada regular.

Em fevereiro de 2005, Piacentini encaminhou um pedido de refúgio político à Delegacia de Polícia Federal, em Livramento. O pedido foi indeferido pelo Comitê Nacional para Refugiados do Ministério da Justiça (Conafre).

O primeiro mandado de prisão contra o ex-militar foi expedido em agosto de 2005. Naquela época, ele não foi localizado. Em fevereiro de 2007, o ministro do STF Marco Aurélio resgatou o mandado, após solicitação do governo argentino.

No último domingo (25), Piacentini fez um novo pedido de refúgio político e foi informado que deveria comparecer à delegacia de Livramento. Ele se dirigiu ao local na segunda-feira e foi detido.

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