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A Polícia Federal (PF) vai investigar a existência de escutas ilegais nas linhas telefônicas fixas instaladas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na residência do presidente do órgão, desembargador Carlos Alberto Dultra Cintra, e nos telefones celulares de Cintra e do diretor-geral do TRE, Raimundo Vieira.

O pedido foi formalizado pessoalmente pelo presidente do TRE, nesta terça-feira, quando entregou ao superintendente da PF, Paulo Fernando Bezerra, um CD contendo a gravação de conversa telefônica entre o arquiteto Fernando Frank e o advogado Luciano Cintra, irmão do desembargador. A divulgação do conteúdo da conversa colocou sob suspeita a lisura do processo eleitoral no Tribunal de Justiça da Bahia, realizado no dia 2 de dezembro, que teve como vencedor o desembargador Benito Figueiredo.

O conteúdo da conversa, sugerindo a existência de fraude e tráfico de influência na eleição, circulou através da internet, alguns dias após a escolha do novo presidente do TJ, em forma de mensagem anônima. De acordo com a mensagem, o arquiteto Fernando Frank gabava-se de ter obtido votos suficientes para assegurar a vitória de Figueiredo, presenteando com jóias alguns desembargadores.

Segundo Bezerra, o prazo legal para a apuração é de 30 dias, podendo ainda ser prorrogado por um período maior. Ele se comprometeu a designar um delegado federal para comandar o inquérito policial, a quem caberá traçar o direcionamento da investigação. O assunto foi amplamente divulgado através do jornal Correio da Bahia, de propriedade de familiares do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL), cujo irmão, o desembargador Eduardo Jorge Magalhães, foi derrotado na disputa por Benito Figueiredo.

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