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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo/Agência

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira a 32.ª fase da Operação Lava Jato, intitulada Caça-Fantasmas. As equipes policiais cumprem 17 ordens judiciais, sendo 7 conduções coercitivas e 10 mandados de busca e apreensão em São Paulo, São Bernardo do Campo e Santos.

As investigações descobriram uma instituição financeira panamenha atuaria no Brasil, sem autorização do Banco Central (BC), com o objetivo de abrir e movimentar contas em território nacional e, assim, viabilizar o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro nacional. Um dos alvos da operação é Edson Paulo Fanton, que é representante do banco panamenho que atuava no Brasil. Ele será ouvido em Santos.

Alvo principal da Caça-Fantasmas é parente de delegado da PF

O alvo principal da nova fase da Operação Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira, é Edson Paulo Fanton, representante do FP Bank do Panamá no Brasil, contra quem foram expedidos mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão. Edson Fanton é parente de um delegado da Polícia Federal.

Para a Lava Jato, há elementos de que o banco, ao funcionar como uma verdadeira agência de private banking no Brasil, tinha como produto, também, a comercialização de empresas offshore, as quais eram registradas pela Mossack Fonseca, empresa que já foi alvo da 22.ª fase da Lava-Jato, chamada de Triplo X.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), conforme as provas indicam, essa organização praticou crimes financeiros ao operar, no Brasil, sem autorização, o banco panamenho FPB, e usou os serviços da Mossack Fonseca para constituir offshores para clientes e ocultar a propriedade de recursos. Busca-se ainda identificar a propriedade de contas em nome de offshores, sabendo-se que a Mossak constituiu empresas dessa espécie, sediadas em paraísos fiscais,as quais foram usadas para lavar dinheiro, inclusive, originárias de propinas pagas em função de contratos da Petrobras.

Os serviços disponibilizados pela instituição financeira investigada e pelo escritório Mossack Fonseca foram utilizados, dentre diversos outros clientes do mercado financeiro de dinheiro “sujo”, por pessoas e empresas ligadas a investigados na operação, sendo possível concluir que recursos retirados ilicitamente da Petrobras possam ter transitado pela instituição financeira investigada.

São apuradas as práticas de crimes de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de ativos e organização criminosa transnacional.

Os investigados estão sendo levados às sedes da Polícia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados a fim de prestarem os esclarecimentos necessários. Como se tratam de situações de conduções coercitivas, os investigados serão liberados após serem ouvidos no interesse da apuração em curso.

Segundo a PF, o nome Caça Fantasmas remete a um dos objetivos principais da investigação que foca na apuração da extensão obscura da instituição bancária no Brasil, bem como a vasta clientela que utiliza de seus serviços e do escritório Mossack Fonseca para operações financeiras com características de ilicitude e de forma oculta.

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