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O PFL do Paraná oficializou ontem o apoio ao PPS com a promessa de não trair o pré-candidato a governador, Rubens Bueno, na campanha apoiando informalmente o senador Osmar Dias (PDT), que também vai disputar o governo do estado. Durante convenção ontem no restaurante Madalosso, lideranças do PFL e PDT assumiram o compromisso de trabalhar para levar Rubens Bueno para o segundo turno. O candidato a vice-governador e ao Senado serão divulgados hoje de manhã.

O presidente do PFL do Paraná, deputado federal Abelardo Lupion, fez um apelo enfático ao partido para que não aceite a "pecha" de laranja. "Não podemos fazer o que muita gente espera que façamos: dar uma traidinha", afirmou. O discurso de Lupion foi uma resposta às especulações de que o PFL faria uma coligação formal com o PPS, mas trabalharia para Osmar Dias. O PFL e o PSDB, que decidiu apoiar o PMDB, foram os principais articuladores da candidatura de Osmar Dias ao governo, mas a regra da verticalização empurrou os três aliados para palanques separados.

Rural

Lupion admitiu que não sabe se conseguirá fazer com que a "companheirada" acompanhe Rubens porque as lideranças do setor rural são muito ligadas ao senador Osmar, mas assegurou que o partido será fiel ao PPS. "Eu e o PFL não vamos ser canalhas. Acham que vamos trair o PPS, mas por mais que haja admiração pelo outro candidato temos compromisso com o Rubens. Vamos jogar o jogo com decência e botar o nosso candidato no segundo turno", disse.

Para Rubens Bueno, "o PFL e o PPS têm caminhos e projetos em comum e ambos vão trabalhar por um projeto de desenvolvimento que começa com a vitória de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República" Segundo ele, a acomodação das forças políticas na oposição não deixa dúvidas de que a disputa estadual será definida só no segundo turno. "Requião vai ter que enfrentar o adversário e sua própria rejeição, que é enorme. Os dois mandatos no governo mostram que ele não tem propostas para o Paraná e que só deixou uma herança negativa", afirmou.

Como exemplo, Rubens Bueno classifica a briga do governador para proibir os transgênicos no Paraná como "um atraso" porque os produtos geneticamente modificados significam "avanço e ciência". Essas "discussões tolas", na avaliação do pré-candidato, são alimentadas para fugir das discussões sobre problemas sérios sobre agricultura, segurança pública e saúde.

Posição

O vice-presidente estadual do PPS, deputado federal Cezar Silvestri, disse que muitos duvidavam que o PFL, que estava há muitos anos no poder, iria para a oposição, mas o partido deu uma "demonstração de civismo" porque não se curvou ao poder. "Vamos lutar para eleger a maior bancada federal e estadual e com a certeza de que faremos o próximo governador", afirmou.

O líder da bancada do PFL, Plauto Miró Guimarães, declarou que depois de tanto tempo é hora do PFL ser oposição e vai seguir o projeto de desenvolvimento para o estado de Rubens Bueno. Para o pré-candidato a deputado federal, Luciano Pizzatto (PFL), a aliança é coerente porque o os dois partidos são oposição no plano nacional e também estão unidos aqui no Paraná para derrotar o PMDB. Depois de três anos afastado da política, desde que deixou a Câmara Federal, Pizzatto espera que a eleição de outubro devolva à ética na política. "É preciso renovar o Congresso não apenas com novas caras, mas com princípios."

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