• Carregando...

O empresário Rodrigo Campello, apontado pela Polícia Civil como o principal suspeito de pilotar a lancha que decepou o braço esquerdo do engenheiro Felipe Domingues Brito, 29 anos, na Praia da Curva da Jurema, em Vitória, se apresentou à Capitania dos Portos pela primeira vez para prestar depoimento nesta terça-feira. Ele negou estar envolvido no acidente, ocorrido na última quinta-feira. Felipe deixou a UTI nesta terça-feira, mas continua internado.

A lancha do empresário, de acordo com as investigações, apresenta indícios de envolvimento com o acidente. De acordo com o capitão de Mar e Guerra Fernando Alberto Gomes da Costa, Campello prestou depoimento no por mais de três horas e apenas confirmou que esteve na Praia da Curva da Jurema no mesmo dia, mas não no horário da ocorrência.

- Ele disse que nem ficou sabendo ou que tenha visto alguém atropelar o nadador - disse Gomes da Costa.

O capitão disse ainda que o empresário pode ser ouvido novamente, ainda na condição de suspeito, caso seja necessário. A Capitania dos Portos quer ouvir outras quatro pessoas que estavam na embarcação de Rodrigo Campello, que não se negou a responder qualquer pergunta.

Outros quatro proprietários de lanchas com as características da embarcação, vista por testemunhas do acidente, também vão prestar depoimento na condição de suspeitos. O capitão Fernando Alberto não divulgou os nomes e determinou sigilo nas investigações.

- Até agora a embarcação dele (Campello) é a que está com mais visibilidade por ter navegado no dia, ter sido encontrado a embarcação com uso recente, ter uma avaria passível de ter provocado um acidente desta natureza e ter as características que as testemunhas descreveram - explicou o capitão.

A Marinha, responsável pelo inquérito administrativo, estuda a possibilidade de fazer a simulação do acidente ainda nesta semana, no mesmo local, horário e condições climáticas semelhantes.

Rodrigo Campello chegou na Capitania às 8h45 na companhia de um motorista e o advogado. A Capitania dos Postos informou que Campello nunca teve envolvimento com qualquer outra ocorrência, em quatro anos de licença para pilotar em alto mar.

Pelo inquérito criminal na Polícia Civil, o suspeito que for indiciado pode ser condenado a oito anos de prisão pelos crimes de negligência (por não prestar socorro à vítima) e lesões corporais graves. O empresário será intimado para depor nesta semana ao superintendente da Polícia Especializada, delegado Heli Schimittel.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]