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Os pilotos americanos que conduziam o Legacy no acidente envolvendo o avião da Gol chegaram neste sábado aos Estados Unidos e foram recebidos por familiares e companheiros de trabalho, informou a empresa ExcelAire, operadora de jatos executivos para quem eles trabalham.

Joseph Lepore e Jan Paladino partiram do Brasil na sexta-feira, após terem recebido de volta seus passaportes, que estavam em poder da polícia desde o início das investigações sobre o acidente de 29 de setembro que matou todos os 154 ocupantes do Boeing 737 da Gol.

Eles viajaram em um jato executivo e pousaram no aeroporto Long Island-MacArthur, no Estado de Nova York.

"Estamos muito emocionados em ter de volta Joe e Jan depois de uma longa e difícil retenção no Brasil. É um dia muito especial para todos nós na ExcelAire", afirmou o presidente da empresa, Bob Sherry, em um comunicado.

"Nós trabalhamos incansavelmente para que eles pudessem voltar pra casa e estamos muito felizes que eles possam passar as festas de fim de ano com suas famílias", disse Sherry.

A Polícia Federal indiciou na sexta-feira os dois pilotos, por expor uma aeronave ao perigo. Eles foram interrogados por quase seis horas antes de terem sido liberados para retornar aos EUA. Se condenados, poderão cumprir pena de até quatro anos de prisão.

A decisão da Justiça que liberou os passaportes acrescentou que ambos terão de se comprometer a voltar ao Brasil para comparecer a todos os atos do inquérito e da ação penal.

O jato pilotado por Lepore e Paladino chocou-se com um Boeing da Gol no norte do Mato Grosso, o pior acidente da aviação no Brasil. A aeronave da companhia brasileira caiu matando todos seus ocupantes, enquanto o Legacy, fabricado pela Embraer e adquirido pela ExcelAire, conseguiu pousar em segurança numa base aérea do sul do Pará.

Em novembro, um relatório preliminar da Aeronáutica sobre o acidente apontou que, por várias vezes, os pilotos do Legacy e controladores de vôo tentaram contatos entre si sem sucesso.

Em depoimento à Polícia Federal, controladores que trabalhavam no dia do acidente denunciaram a existência de "pontos cegos" no espaço aéreo brasileiro, particularmente na região da tragédia. Autoridades da Aeronáutica e do Ministério da Defesa negam, no entanto, a existência dessas zonas no espaço aéreo do país.

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