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Quatro vereadores e dois servidores comissionados da Câmara Municipal de Piraquara são alvo de ação civil proposta nesta segunda-feira (30) pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Piraquara, o grupo é acusado de cometer atos de improbidade administrativa. Compõem a lista de membros do legislativo mencionados no documento o presidente da Câmara do município, Weliton Santos Figueiredo (PDT), e outros três vereadores – Leonel de Barros de Castro (PMDB), Valmir Soares Maciel (PSDB), e Ludovico Leopolski Neto (PMDB).

A ação envolve dois casos de possíveis desvios de recursos públicos. No primeiro esquema, de acordo com o promotor de Justiça Marco Aurélio Romagnoli Tavares – autor da ação –, servidores comissionados eram forçados a realizar empréstimos com desconto em folha de pagamento. "Em troca do emprego, os funcionários comissionados da Câmara eram obrigados a repassar parte do salário e a realizar os empréstimos em seus nomes, entregando o dinheiro aos vereadores", disse Tavares à página do MP na internet.

Um dos servidores públicos citados é apontado como responsável pela movimentação financeira, que envolvia, a princípio, três vereadores – Weliton Santos Figueiredo (PDT), Leonel de Barros de Castro (PMDB) e Valmir Soares Maciel (PSDB). Santos e Maciel já chegaram a ser presos, na última terça (24), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná para não atrapalharem as investigações dos desvios na Câmara.

O segundo ato de improbidade, conforme o órgão de justiça, envolve a contratação de funcionários fantasmas. O segundo funcionário público que aparece na ação, segundo o MP, deveria atuar na Câmara, mas cumpria função de cabo eleitoral no escritório particular do vereador Ludovico Leopolski Neto (PMDB).

Investigação

A ação civil do MP é um desdobramento da Operação Toca do Peixe, deflagrada pelo Gaeco no fim de junho, para apurar suposto desvio de dinheiro público na Casa de Leis. A solicitação do MP-PR é que a Justiça afaste, por liminar, os parlamentares e os servidores das funções públicas que exercem até que terminem as investigações. O segundo pedido é a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos mencionados.

A reportagem está tentando contato com os vereadores citados na ação do MP para que comentem o caso.

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