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A pista principal do Aeroporto de Congonhas, reabriu e fechou em cerca de 5 minutos nesta sexta-feira. A abertura ocorreu às 12h20m. O primeiro avião a pousar na pista principal foi um Airbus 319 da TAM, que decolou em Porto Alegre e fez escala em Florianópolis, no vôo JJ 3058. Eram 75 passageiros a bordo e eles não sabiam que o avião pousaria na mesma pista. Pouco depois, um avião da Pantanal decolou às 12h25, com destino à Araçatuba. Em seguida, a Infraero informou que a pista fora fechada, mas não deu detalhes sobre o motivo. A abertura havia ocorrido depois de vistoria feita pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim.

Não chovia na capital paulista e a ordem para fechamento foi dada pelos controladores de vôo por falta de um documento burocrático. Ao desembarcar, o comandante do Airbus da TAM afirmou que o pouso foi tranqüilo porque a pista estava seca e que a ordem de pousar na pista principal foi dada justamente pela Torre de Controle.

Para fechar a pista, os controladores disseram que faltou um documento chamado de Notice Air Man (NAM). O NAM é o comunicado oficial aos aeronavegantes - comandantes e pilotos - de que a pista estaria novamente aberta a operações. Segundo informações, o documento até agora não foi emitido pelo Ministério da Aeronáutica.

A informação inicial é de que a Infraero deveria ter comunicado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a reabertura da pista principal nesta sexta. Depois disso, a Anac deveria solicitar a emissão do NAM à Aeronáutica. Até agora, não se sabe onde houve a falha de comunicação. Infraero, Anac e Aeronáutica informaram que estão apurando o que aconteceu. O último Notice Air Man emitido é sobre o fechamento da pista principal após o acidente com o Airbus da TAM.

Até quinta-feira (26/07), era possível ver na pista principal as marcas deixadas pelos pneus do trem de pouso do Airbus. Avião fazia o vôo JJ 3054. Não parou na pista molhada. Duzentas pessoas morreram.

A pista reabriu com as obras incompletas. Falta ainda o grooving, ranhuras que permitem o escoamento da água. Até o fim do serviço de grooving, que a Infraero estima ter concluído entre 20 e 45 dias, a pista principal será fechada toda vez que chover. Falta também fazer a sustentação da cabeceira e a canaleta de água, onde o barranco deslizou sete dias depois do acidente. A obra deve ficar pronta em 10 dias.

O dia da explosão do Airbus era o segundo consecutivo de chuva em São Paulo. Um dia antes, um avião da Pantanal derrapou na pista. Um pneu teria estourado. Uma hora e 20 minutos antes do Airbus tocar seu trem de pouso, a pista estava fechada para medição da água. Os técnicos da Infraero liberaram no 'olhômetro', pois não viram nela qualquer poça d'água. Segundo disseram em depoimento que é assim mesmo que é feita a liberação, no olho. A pista principal tem 1.940 metros.

Cancelamentos e atrasos

Nesta sexta-feira, das 55 partidas previstas para Congonhas até às 9h, 29 foram canceladas. A TAM cancelou 63 vôos operados em Congonhas. Outros 25 foram remanejados para Cumbica.

A reabertura da pista principal não levará de volta a Congonhas todos os vôos. Está sendo estudada a readequação da malha aérea. O aeroporto deixará de receber vôos fretados, conexões e escalas. Até antes de a pista principal ter sido fechada para refazer o asfalto, o que durou 45 dias, Congonhas só não operava vôos para o Piauí.

A maioria dos vôos deve ir para Guarulhos e Viracopos, em Campinas. Guarulhos receberá mais 30 vôos por hora. Viracopos pode receber mais seis por hora. O aeroporto de São José dos Campos tem condições de absorver apenas mais um por hora.

De acordo com a Infraero, a única empresa que não perderá vôos em Congonhas é a Pantanal. A empresa opera com aviões menores, tem poucos vôos e quase todos com tempo de viagem inferior a 2 horas, atendendo portanto as determinações da Agência Nacional de Aviação Civil.

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